terça-feira, dezembro 29, 2009

Bom Ano 2010

O ano está a chegar ao fim...
Alegrias... tristezas... frustações... motivação... empenho... esforço... oração...
Mas, como todos aqueles que dão um pouco da sua vida para que outros possam conhecer o Senhor da Vida... soube-me bem! valeu a pena!
Por outro lado o país onde vivemos parece cada vez mais sem futuro . As noticias que enchem os jornais dão-nos aquela deprimente sensação que estamos a andar de cavalo para burro: os bancos em crise, negócios mal explicados, a "coisa pública" sem rumo, o casamento entre pessoas do mesmo sexo... tanta publicidade e tão pouca substância...
No nosso "cantinho" da catequese, onde exercemos a nossa missão de evangelizadores, vai crescendo a convicção que não serão estes novos "catecismos" a resolver os problemas e desafios que temos pela frente.
No entanto todas essas "más" notícias não nos podem fazer esquecer a Boa Notícia (O Evangelho) e outras coisas boas.
Estamos a prestar mais atenção à palavra de Deus. O espírito Santo que inspirou os escritores sagrados continua a ensinar-nos a ler a palavra. E ela torna-se bússola, consolo, desafio, despertador. Durante este ano descobrimos a figura de Paulo. Descobrimos com ele a forma de transformar as dificuldades em potencialidades. A recordação da sua vida, da sua energia evangelizadora é estimulo para quem se acomoda. É encorajamento para quem se sente incapaz de levar o barco a bom porto.
E, se calhar mais importante, está na hora de ouvir o chamamento a sermos profetas de esperança. Ajudarmos os nossos companheiros, colegas de trabalho, familiares e vizinhos a abrirem-se à esperança num futuro diferente!
É preciso acordar para que o Ano 2010 seja novo... e melhor!

Video: Escuta-me Senhor!



Abraço amigo!
Arménio Rodrigues

quinta-feira, dezembro 24, 2009

Nascer de novo!


Nascer de novo

É o Natal de Jesus. Desse Jesus a quem anunciamos em cada catequese. Vamos todos a Belém, onde o Messias haveria de nascer. Vamos à Belém das nossas vidas. Corramos a adorar o Menino. Vamos: não vale a pena ir sós. Precisamos de ser todos a ir. Todos nós. Para nascer de novo. Natal de Jesus: Nem pais-natal, nem luzes, nem brinquedos, nem consoadas, nem quase nada... Foi feito de muito pouco esse primeiro "natal". Uma gruta, um estábulo, ou um curral. Uma manjedoura e uns poucos de panos para envolver o Menino. Poucas coisas, muitos afectos! Ternuras mil! Afinal, é um Menino que nasce! Um Menino que é a nossa salvação. Deus connosco. "Emmanuel". Anunciado pelas estrelas e em mil vozes de anjos num "Glória in excelsis Deo" impetuoso que desperta pastores e pessoas simples.

Passou o tempo e hoje é tempo de anunciarmos: "Feliz Natal!" - Eis que chega o "Deus connosco"! É feliz a nossa dita porque em nós fazemos "Natal", nascimento, chegada. A promessa de tantos tempos esperada, torna-se feliz nascimento, feliz esperança. Simplesmente porque Deus vem de novo habitar no meio de nós. É, então, um momento de anúncio particular e único. Um momento de missão. Um momento de festa e de partilha. Um momento de paz. Um momento de Deus!


Boas Festas e Feliz Natal no coração de cada um!
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Vídeo: Feliz Natal



DEUS QUE VENS DE DEUS


Deus que vens de Deus horizonte da nossa linguagem e do nosso desejo;

Deus que anunciamos na espessura do que em nós é riso e choro, ao mesmo tempo infiguráveis;

Deus, instante fugaz da sede e da fome saciadas, diferidas;

que descubramos no corpo dos outros os traços do bem que procuramos e perdemos;

que a nossa vida te reconheça pela maneira como por Ti se vê reconhecida na teia do que passa e permanece,

Tu que és aquele que vens de Deus o Deus connosco!



Arménio Rodrigues

quinta-feira, dezembro 17, 2009

Maria: Serviço e Generosidade


Maria é uma das figuras importantes do Advento. Preparando o nascimento de seu Filho, percebe que o seu caminho se torna serviço e generosidade para com quem dela necessita nesse momento. Parte para ser a “bem-aventurada”, na saudação sem precedentes da sua prima Isabel. Bendita tu, entre todas as mulheres. Porque “donde me é dado que venha ter comigo a mãe do meu Senhor”?
Na sequência da experiência da anunciação e consciente do mistério do dom de Deus na sua vida, Maria não se fecha, não se acomoda, não se isola; olha em redor e dá-se conta da novidade que o poder de Deus operou também na sua prima Isabel. Vai apressadamente, sinal do impulso do Espírito que a move a pôr-se a caminho para comunicar a Sua Palavra. É uma viagem de caridade, na disponibilidade de partilhar e servir.
A presença de Jesus de que Maria é portadora, habita-nos. Chega até nós sempre de uma forma surpreendente! Tantas ‘visitações’ e ‘saudações’ tocam a nossa vida para nos recordarmos que Jesus é Salvação, é Vida, é Amor! Tantas mediações cruzam a nossa vida! E nós, indiferentes, cépticos, apressados, distraídos...não O reconhecemos, não O acolhemos! Não nos deixamos estremecer! Como somos insensíveis a este Jesus que vem até nós e nos habita!

Em dias de aproximação do Natal sejamos apressados, como Maria! Coloquemo-nos a caminho, na força do Espírito que nos habita e guia a comunicar as palavras de vida e salvação que nos são ditas da parte do Senhor. Sejamos portadores da certeza do Amor incarnado em Jesus Cristo e da esperança que nos enche de alegria e confiança. Vamos apressadamente, porque a graça do Espírito não contempla hesitações!

Senhor, abre-me à Tua presença para que Te reconheça na mediação dos mensageiros que colocas na minha vida. Ensina-me a ser aberto e generoso, para que também em mim e através de mim, o Verbo de Deus se faça salvação e libertação para aqueles que O esperam e aguardam; para que encontrem nas minhas atitudes e palavras um sinal deste Amor divino.
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Vídeo: Maria e o Anjo




MARIA, ENSINA-NOS A PREPARAR A TENDA...


Aqui estou, Maria!
Aqui estou em caminho
e quase junto ao coração de Deus
feito tenda de Natal.

Aqui estou em caminho
procurando preparar contigo e como tu
uma tenda para o Senhor.

Ensina-me a preparar a tenda.
Uma tenda em forma de coração
que permaneça sempre aberta aos homens
e onde os pequenos tenham sempre o primeiro lugar.
Uma tenda onde se respire Paz
e onde haja Paz a transbordar
e a chegar como um rio ao mar.

Uma tenda onde se escute o grito dos pobres sem pão,
dos doentes sem ternura e sem cuidados,
dos jovens sem sentido
mergulhados na dor do silêncio solitário.

Uma tenda em que os fatigados,
pela dor e pelo sofrimento,
encontrem descanso
e um copo de água para a sua sede.

Uma tenda como verdadeiro oásis
onde todos se possam abrigar
das noites do deserto, frias e sem esperança.

Ensina-me a preparar a tenda,
uma tenda para o Senhor.
Ensina-me a escuta da palavra, a disponibilidade que acolhe
o plano de Deus connosco;
o serviço de quem leva Deus
e na alegria o anuncia aos homens; a surpresa de quem recebe
a surpresa com ternura e esperança;
A alegria da salvação,
que nos chega através do teu SIM

Senhora,
ensina-me a preparar a tenda
em forma de coração para acolher a salvação de Deus,
para acolher JESUS!

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Vídeo: Avé Maria, Reza por nós!


Continuação de um bom Advento!
Arménio Rodrigues

sábado, dezembro 12, 2009

Que devemos fazer?

João Baptista tinha acabado de apelar à conversão. Muitos corações mostraram-se recptivos ao seu apelo. As multidões, os publicanos e os soldados querem dar passos concretos nesta conversão pessoal e perguntam: "Que devemos fazer?. João indica que o modo privilegiado para "Preparar o caminho do Senhor", de tornar visível a sua conversão, é converterem-se ao irmão. As relações renovadas com os irmãos serão o sinal da relação renovada com Deus.
Antes que demos conta da presença de Deus, já Ele nos olhou com amor e nos acolheu. Sem a experiência de falar com Ele e de o querer conhecer, não podemos dizer: "Nada te perturbe, nada te espante". Deus, a quem nenhum sofrimento humano passa despercebido, diz-nos que devemos apagar na sua ternura todas as nossas dúvidas e medos, para que nada nos falte. Mas o que devemos fazer? Esta é a pergunta que fazem as pessoas, quando se encontram perante alguém que acredita em Deus. E temos tanta coisa para fazer: não querer o poder, não ser egoísta, não magoar o próximo, não mentir, não enganar... E sobretudo, há que ser baptizado com o Espírito Santo e deixar-se amar por Jesus e caminhar com ele. Isto é o que temos que fazer! Porque o Senhor está no meio de nós, compadece-se por nós, porque nos ama e se alegra connosco. E a alegria é a melhor forma de falar com Deus, no meio de um mundo de dor e de pecado.
Vídeo: QUE DEVEMOS FAZER?

Vem Senhor Jesus

Senhor, eu sei que os meus caminhos não são os Teus. Ensina-me a descobrir os Teus caminhos...

Senhor, ensina-me a preparar a Tua vinda! Pondo em ordem a minha casa, por dentro e por fora... Vivendo e agindo com enorme transparência...

Senhor, ensina-me a preparar o caminho da Tua vinda... purificando a minha mente e o meu coração... libertando-a de todos os pensamentos negativos... e enchendo-a de um só pensamento: A Tua Vnda! desejando-a e pressentindo-a já... na minha vida!

Senhor, ensina-me a preparar o caminho da Tua vinda... a saborear gozosamente essa espera... preparando-a a partir do mais fundo da minha alma.

Senhor, tenho desejo da Tua salvação!

Senhor, espero a Tua salvação no tempo e na eternidade!

Senhor, espero a Tua presença salvadora na minha vida!

Senhor, espero viver em Ti e a partir de Ti!

Senhor, vem... vem depressa à minha vida!


Ele está a chegar!

Continuação de um bom Advento!

Arménio Rodrigues

sábado, dezembro 05, 2009

Jesus Cristo, minha Fé, minha Esperança!

Continuamos a viver o Advento como preparação para o Natal. Ele é para todos, porque o Natal é também para todos. Vamos dando conta, a cada momento com maior nitidez, de que o Natal cristão está a ficar muito escondido dentro das nossas casas e igrejas, e até dentro de nós próprios. O consumismo e a publicidade, a rotina e a indiferença são também algumas razões que têm eclipsado o sentido da vida, o sentido da fé e da esperança. Sem ficarmos fora da órbita da vida, precisamos de corrigir o percurso da vida cristã: não só não podemos perder o sentido do Natal hoje, como também precisamos de o desenvolver sempre mais no suporte de uma fé, esclarecida e forte, para uma vivência da esperança, fundamentada e comprometida. A caminhada da preparação para o Natal não é mais um adorno exterior, porventura até enriquecedor da liturgia do tempo, mas uma ocasião fundamental para darmos um ou mais passos para a frente. É importante, por isso, que toda a comunidade cristã (crianças, adolescentes, jovens e adultos), individualmente e em grupo, se empenhe neste processo. O Natal não é o passado histórico, celebrado de forma mais ou menos romântica e folclórica, mas é o presente da fé comprometido com o futuro esperado e possível. DEUS não é o passado: É o hoje e o amanhã.

Temos esperança em Deus? As pessoas acreditam em nós quando dizemos que somos alegres em todas as situações porque sabemos que Deus está connosco?
O amor de Deus não perdoa apenas e sem mais…deve provocar a nossa conversão. Damos espaço a Deus para ter uma opinião sobre a nossa vida?
O que dinamiza o mundo é o amor… nunca o medo… em situações em que temos poder, usamo-lo para atemorizar os outros?
Só tem mesmo esperança em Deus quem reza. Rezamos?
Os bens de que dispomos são, em última análise, dom de Deus. Somos capazes de os partilhar? Já nos lembrámos de proporcionar um Natal mais digno a alguma pessoa ou a alguma família?
Praticamos ou praticámos algum acto de violência contra alguém (física…psicológica)?
Vídeo: Jesus Cristo: minha Fé, minha Esperança!

Continuação de Bom Advento!
Arménio Rodrigues
menorodrigues.blogspot.com

sábado, novembro 28, 2009

Olhar o Advento

A Igreja começa cada ano litúrgico com o Tempo de Advento. Um tempo para recordar que cada pessoa faz parte da grande História da Salvação e que esta tem sempre tempos pacientes e prolongados de espera... Porquê tanta espera?
Nós somos os culpados por tanta espera, pois constantemente tomamos um caminho errado, andamos desorientados, confusos ocupados com as imagens de ídolos, esquecendo a imagem do verdadeiro Deus.
Ele, pelo amor que nos tem e com a sua infinita paciência, espera, espera... dizendo-nos que é possivel recomeçar. Esperar... para começar de novo! Eis a mensagem do Advento. Uma mensagem capaz de renovar o sentido do caminhar, o estímulo e a esperança para encontrar algo seguro no meio de uma sociedade tão efémera...
Deus vem sempre como novidade, quando menos O esperamos. Apenas nos pede que O reconheçamos e O escutemos.
Preparemo-nos para O receber. Maranatha!

Vídeo Advento




Bom Advento!!!

Arménio Rodrigues menorodrigues@gmail.com

quarta-feira, novembro 04, 2009

Preparar (bem) um encontro de catequese


Quem vai para o mar avia-se em terra! O que é verdade em tudo na vida e também na catequese. Uma catequese bem preparada é mais de metade do sucesso.


Uma história de amor que vem de longe


    Recorda-te do sentido da tua missão como catequista. És mais do que um "professor" de catequese. És um enviado. És uma testemunha. És um apaixonado pela causa de Jesus e pelo Jesus da causa. Estás nisto porque já experimentastes que Jesus e a sua mensagem enchem a tua vida de sentido e de alegria. E por isso queres partilhar com outros esta "vida em abundância" que só Jesus dá.


O equipamento


  • Pessoalmente ou com o grupo que faz catequese contigo preparas a catequese com o material necessário:


  1. O catecismo e o guia;

  2. A Bíblia;

  3. O catecismo da Igreja Católica (para aprofundar e tirar dúvidas).

O mapa


  • Recorda os objectivos deste bloco. Recorda o que já se fez.

  • Recorda as dificuldades e os sucessos das catequeses anteriores.

  • Lê o guia. Detém-te nos objectivos propostos. O que Têm a ver com a vida dos catequizandos? O que têm a ver com a tua vida? Que aspectos da vida dos catequizandos podem ganhar outro sabor quando eles atingirem estes objectivos?

  • Lê e medita a introdução à catequese.

  • Estuda, medita e reza os textos propostos para o anúncio da palavra. Usa as notas e os comentários da tua edição da Bíblia.

Cativa a atenção dos participantes


  • Qual a proposta que o Guia faz para a experiência humana? Verifica se ela é adequada para a realidade dos teus catequizandos. Haveria uma outra forma mais eficaz de ajudar os catequizandos a atingir os objectivos? Quais os materiais necessários? Eles já estão disponíveis no Centro Paroquial? De quanto tempo prevês necessitar para estas actividades?

  • Lê as propostas do anúncio da Palavra: Verifica se a linguagem usada é acessível aos catequizandos do teu grupo. Como é feito o anúncio da Palavra? Recordas alguma forma mais criativa e atraente de ajudar o grupo a acolher essa Palavra como Boa Notícia? Quanto tempo vais usar?

  • Quais as propostas do Guia para a expressão de fé? No caso de haver uma proposta de oração, quais os recursos de que vais precisar? Não esqueças que alguns dos catequizandos podem (ainda) não ter hábitos pessoais de oração. Prepara uma boa ambientação para uma oração autêntica. De quanto tempo vais necessitar?

  • Soma os tempos necessários e verifica se não excedem o tempo habitualmente disponível para a catequese. No caso de exceder, revê alguma das actividades. É normal que não saibas quanto tempo vais usar numa determinada actividade. Com prática deste exercício vais ficando mais rigoroso(a).

  • Quem é mais activo? Tu ou os catequizandos? Na catequese, não deves ser tu que explicas, que mostras ou que ensinas; devem ser eles a aprender, compreender, descobrir. Se isso não acontecer, revê a tua programação de modo a que os catequizandos sejam mais activos.

A hora da verdade 1


  • Prepara os materiais necessários. No caso de ser necessário requisitar algum material ou alguma sala especial (auditório, capela...) ou adquirir algo, fala e reserva com tempo com o responsável do Centro Paroquial que é como tu sabes o Sr. Mascarenhas.

  • Até ao dia da catequese não te esqueças de ter presente os teus catequizandos na oração. Especialmente os mais "difíceis".

  • No dia da catequese chega ao Centro Paroquial com tempo. Não te esqueças dos materiais em casa! Arruma a sala(o espaço) e apronta tudo o que for necessário.

  • Reserva 20 minutos (pelo menos) antes da catequese para encontrar e saudar os catequizandos e os pais.

  • Assegura um bom acolhimento a todos!!!

A hora da verdade 2


  • Logo depois de te despedires dos catequizandos e das suas famílias, avalia a catequese. Verifica se agiste de acordo com o planificado. Assinala os acontecimentos e momentos mais intensos do encontro de catequese. No caso de ter havido falhas e problemas, aceita-os com humildade e fé. Dá graças ao Senhor por mais este momento de anúncio do Evangelho e pede que Ele reforce o teu entusiasmo e criatividade.

  • Verifica a forma de participar de cada um dos catequizandos. Se algum faltou, tenta saber porquê. O que se pode fazer para que não continue a faltar? Elogiaste algum catequizando que esteja a dar um contributo mais positivo?

Um abraço para todos. Aguardo os vossos comentários!
menorodrigues@gmail.com

segunda-feira, setembro 14, 2009

A Família



A Família

A sociedade actual evolui tão rapidamente e por vezes de forma tão desordenada que cria em todo o mundo desigualdades, contradições e desequilíbrios que levam a tensões no seio da família.
O que damos aos nossos filhos é aquilo que eles precisam?
Estamos a dar-lhes bens materiais e eles precisam de carinhos e outras coisas semelhantes.
Para evitar este conceito de geração, temos de ter tempo para os filhos e não os deixar fechados no quarto, a ver televisão, jogar computador ou navegar na Internet. A conversa entre os vários membros da família e a transmissão de valores numa forma de referência, é um dos melhores métodos para educar. A mensagem de pais para filhos passa melhor por aquilo que fazemos do que por aquilo que dizemos!
O testemunho vivencial marca muito mais, a falta de tempo de muitos pais, é uma realidade, pois precisam de trabalhar, e quando chegam a casa estão cansados e não têm muito tempo para os filhos. O papel dos avós é cada vez mais importante, porque são eles que muitas vezes substituem os pais.
Como o tempo é pouco este tem de ter qualidade. A disciplina “dura” e as crispações não são os melhores métodos.
A catequese e a família:
A maior preocupação dos pais não deve consistir em que os filhos “saibam muitas coisas”. Mas antes, que eles sejam felizes por serem cristãos, e vão descobrindo, com outros cristãos, a beleza e o fascínio da Pessoa e do Mistério de JESUS CRISTO, como sentido da sua vida.

- Rezar e celebrar o Dom de fé, com os filhos, é a maior dádiva que se lhes pode oferecer.
A fé vivida em comum na “pequena Igreja” que é a família, deve ter expressão na grande família que é a Igreja.

Participação na Eucaristia Dominical:
Organize-se a agenda do fim-de-semana, pondo a Eucaristia, em primeiro lugar. Esse é o melhor testemunho que se dá aos filhos!


Vídeo - Tua Família

Pedidos deste vídeo para: menorodrigues@gmail.com
Arménio Rodrigues

sábado, agosto 15, 2009

Cristão dialogante


Cristão dialogante

Um cristão adulto procura, quer e esforça-se pelo diálogo com todos. Nomeadamente com aqueles que procuram em Deus o sentido último da sua existência. O diálogo, como movimento de aproximação é o processo de busca de unidade. Esta unidade através do diálogo com outros Credos denomina-se ecumenismo, quando realizado entre cristãos, e diálogo inter-religioso quando a busca de aproximação é feita com crentes de outras religiões não cristãs. O ecumenismo e o diálogo inter-religioso são um assunto fascinante e desafiador. Que requer, antes de mais, um exercício de despir-se de preconceitos ou qualquer outro tipo de resistência. Mas, acima de tudo, pede sinceridade e clareza nas nossas convicções e posições. Há aspectos que são meramente circunstanciais, fruto de um percurso da história humana num determinado espaço e num determinado tempo. Mas há coisas que são fundamentais e, abdicando delas, abdica-se do essencial da fé no Deus verdadeiro, que tem a plenitude da Sua revelação em Jesus Cristo. É o próprio Senhor Jesus que nos pede um caminho em dircção à unidade quando diz: "que todos sejam um só, como Tu, Pai, estás em mim e Eu em ti; para que assim eles estejam em Nós e o mundo creia que Tu me enviaste" (Jo 17, 21).

O cristão adulto sabe que só Jesus Cristo é o autêntico e único Salvador, que nos conduz à verdadeira fé, à fé plena, à autêntica verdade sobre Deus. Assim, um cristão que se esforça pelo diálogo, fá-lo a partir de alguns pressupostos bássicos: - sabe que a fé não é apenas uma relação individual ou individualista com Deus; é também a inserção na Comunidade dos crentes, na Igreja de Jesus Cristo, espaço onde se recebe, cresce e vive a fé; - embora a fé cristã pressuponhe um certo conhecimento, é mais do que isso, é o acolher Jesus na vida, é o entregar-se a uma Comunhão com Ele e, por Ele, a toda a humanidade; - a fé cristã é também histórica, isto é, Deus revelou-se na história da humanidade, por diversas etapas; é na história que a pessoa escuta Deus e lhe responde e, por último, é na história pessoal de cada um que se vai experimentando, de forma imperfeita, a salvação que esperamos viver plenamente quando o tempo e o espaço já não tiverem influência sobre nós; - a fé, por comunhão com Deus Trino, é um estado sempre inacabado, porque o Deus Amor permite sempre uma maior inserção no Seu Mistério, por isso é vivência da autêntica fé, a fé cristã, é sempre um mistério inesgotável. No diálogo com as outras opções espirituais, o cristão adulto não esquece que vive a fé englobando a sua inteligência, afecto e vontade, por isso uma fé profundamente humana. Fé essa que engloba a totalidade da pessoa, com tudo que isso implica. A sua fé é um dom de Deus, que se procura diariamente aprofundar e cultivar. Por isso, o diálogo não é para "ganhar" novos adeptos, nem para "vencer o inimigo": é antes uma consequência de se ter descoberto o Verdadeiro Deus, que é a Verdade, e a necessidade de O anunciar, tornando-o presente através da nossa acção.


Video: Teu Milagre

http://www.youtube.com/watch?v=wc2IQ3lVArA

A todos umas boas férias!

Arménio Rodrigues

sexta-feira, julho 24, 2009

Casamento


Depois de uma experiência de namoro, mais ou menos longa, quando a vida do outro/a se converte na própria vida e já não se imagina a própria vida sem a outra, surge naturalmente a questão do matrimónio. Nos dias que correm, a sociedade avança com propostas alternativas como as uniões de facto, os matrimónios a prazo, uniões homossexuais equiparadas às heterossexuais, o casamento civil e o divórcio, quando as coisas não funcionam.

Quando um homem e uma mulher se aproximam do Altar para unir-se em santo matrimónio, pedem a Deus que a sua vida seja como a da Trindade: una, isto é, unida numa só existência. Esta unidade que conforma o matrimónio não significa que os cônjuges deixam de existir individualmente e perdem a personalidade própria, anulando-se numa amálgama que lhes retira suas diferenças e os anula. Significa que se comprometem e aspiram a viver cada vez mais um para o outro e isso não diminui a pessoa mas potencia-a para uma verdadeira realização comum.

Em IgrejaO ministro (Sacerdote, diácono ou mesmo um leigo) da Igreja testemunha o consentimento dos noivos de receber-se mutuamente e a promessa de fidelidade, amor e respeito “na alegria e na tristeza, na saúde e na doença todos os dias da nossa vida”. Estas palavras significam a grande promessa no matrimónio, isto é, o sacramento validamente celebrado é para sempre. É com as palavras de Jesus (MT 19,6) “não separe o homem o que Deus uniu” que o sacerdote recebe o consentimento e invoca a bênção de Deus para os noivos.

Porquê casar na Igreja?
Para os crentes católicos, o casamento não é uma simples formalidade civil. Pelo contrário, os noivos católicos crêem que o amor que os une é um "sinal" muito particular do próprio amor de Deus e sinal do amor com que Jesus Cristo ama a Igreja. "Sinal" é também um dos significados da palavra "Sacramento". Por este sacramento - o Matrimónio -, os noivos oferecem-se mutuamente diante de Deus e Deus consagra (torna sagrado) e abençoa esse amor. Por sua vez, a comunidade é testemunha, une-se à oração e alegria dos noivos.A opção pelo casamento religioso deve ter motivações predominantemente religiosas e não simplesmente por uma razão social, para agradar aos pais ou porque é mais solene. Dada a seriedade do Matrimónio, os noivos devem preparar convenientemente a celebração. Em muitos lugares, os párocos pedem aos noivos que façam um "Centro de Preparação para o Matrimónio" (CPM).

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Video com som - CASAMENTO


Arménio Rodrigues - menorodrigues@gmail.com

sábado, julho 18, 2009

Amigos para sempre!

A história de uma amizade

A oração não é outra coisa senão criar amizade, estando muitas vezes a sós com quem sabemos que nos ama. (Santa Teresa de Jesus)

Sim, não é outra coisa. Rezar é falar com Deus, com JESUS, mas Ele mesmo nos ensinou que não se trata de falar por falar. Isso seriam palavras que o vento leva. Trata-se de falar com JESUS para nos tornarmos seus amigos, amigos íntimos, amigos que se conhecem a fundo e se amam com loucura. Assim é a oração! A história duma amizade maravilhosa, porque JESUS é o grande amigo, o melhor amigo que poderíamos encontrar.


Há um presente para ti

Esta é a história de dois homens. Os dois tinham umas boas esposas a quem amavam muito. Os dois esforçavam-se por torná-las felizes e, sempre que podiam, davam-lhes presentes.
Apenas uma coisa diferenciava os dois homens. Um, quando prometia um bom presente à esposa, trabalhava o que fosse preciso para o conseguir, até poder dar-lhe esse magnífico presente. A esposa, agradecida, também lhe tinha preparado em segredo um presente.
O outro homem, pelo contrário, apesar das promessas, nunca consegua cumprir o prometido. Às vezes passavam por montras luxuosas e, como sempre, o marido dizia à mulher: “Brevemente to comprarei”. Mas nunca se decidia. Em certas ocasiões, oferecia-lhe mesmo um presente, mas era por pouco tempo. Acontecia que o tinha pedido emprestado e teria que devolvê-lo.
Os dois homens pareciam iguais, mas um era feliz e o outro não.
Alguém nos dá esta comparação para nos ensinar que, com Deus, também podemos ser como estes homens:
- O homem que dá a Deus o que promete, ainda que lhe custe:
* dá-Lhe cada dia um pouco de tempo
* dá-Lhe o seu trabalho
* dá.Lhe algum sacrifício
* dá-Lhe…
- O homem que anda sempre a prometer a Deus que amanhã Lhe dará algo e chega o amanhã e não Lhe dá nada…
Cuidado com as desculpas! Isso não vale. Se já disseste a JESUS que vais ser seu amigo, dá-Lhe já HOJE o que Lhe corresponde como amigo que é.

Vídeo - "Amigos para sempre."


Pedidos do vídeo para: menorodrigues@gmail.com


Arménio Rodrigues menorodrigues@gmail.com

domingo, julho 05, 2009

A Água Viva


A temática da água percorre a Bíblia como símbolo mais eloquente para significar a existência humana. A geografia física do território pode ser um bom ponto de partida para compreender que “água” se torne símbolo de vida, e sem ela, a aridez do deserto conduz ao ocaso de toda a vida. A água doce, por excelência, é a materialização do amor de Deus que cria o universo sobre as águas, como o espaço de vida, e a água é a sua possibilidade de manutenção e sobrevivência.
O relato da Criação de Gn 1,1-2,4 exprime esse modo de conceber a água como o cenário da vida do universo, comum aos povos da Mesoptâmia, em que a terra firme está situada entre as águas superiores e inferiores (Gn 1,6-10) e exprimindo poeticamente a permanente assistência divina ao espaço vital: “…e o espírito de Deus pairava sobre as águas.” (Gn 1,1). Se a influência do meio é decisiva neste relato, o que lhe sucede, pondo como quadro primordial um deserto, nem por isso relativiza a importância das águas como espaço e condição para a vida, fazendo irromper no deserto “um manancial que subia da terra e regava toda a superfície da terra” (Gn 2,6). A água se torna, por isso, a primeira das bênção atribuídas a Jacob (Gn 27,28) e promessa de vida e paz para todo o povo se se deixarem guiar segundo os estatutos e mandamentos de Jahvé (Lev 26,4). A ideia de que Deus exerce o seu domínio sobre o ciclo da água passa a ter consequências religiosas directas: a presença das águas é sinal da acção de Deus (Miq 5,6; Jb 38,22-28) que intervém sempre em favor da sobrevivência do seu povo (Is 30,23).
Poderá o homem dominar este ciclo da água de forma absoluta? A história de Ezequias, rei de Judá (aproximadamente 716-687) refere como seu maior empreendimento a construção “de um reservatório e aqueduto para levar água a cidade” (2Rs 20,20). Este testemunho refere-se provavelmente à necessidade de abastecer a cidade a partir da fonte de Gion, onde Salomão fora ungido como rei (1Rs 1,33). A expansão urbana de Jerusalém punha o problema do abastecimento até à piscina de Siloé, permitindo a sobrevivência sem necessidade de se aventurar para além dos limites da cidade, e garantindo a sua sobrevivência em caso de ser sitiada. Quais as motivações de Ezequias? O texto do historiador deuteronomista não nos revela as intenções de Ezequias, mas provavelmente esta obra faria parte do plano de libertar Judá do tributo pago à Assíria. Em Is 22,8-11, o profeta parece denunciar a estratégia subjacente a este apropriar-se das águas: “ Ficou exposta a cidade de Judá. Naquele dia, inspeccionastes o arsenal no palácio da floresta, examinastes as inúmeras brechas da muralha da cidade de David, recolhestes as águas na piscina inferior, contastes as casas de Jerusalém, demolistes algumas delas para reforçar a muralha. Fizestes um reservatório entre os dois muros para armazenar as águas da piscina velha. Contudo não olhastes para aquele que dispôs estas coisas, não reparastes naquele que as preparou de longe.” O oráculo termina com a condenação da arrogância de Jerusalém (vv.12-14). Seria a estratégia de Ezequias usar o bem livre da água para garantir o sucesso de uma acção miliatar? Tal parece ser a interpretação do Copeiro-Mor de Sena-querib que ironiza a grandiosidade da obra com a impossibilidade de oferecer resistência, convidando o povo a voltar a beber, “cada um da sua própria cisterna” (2Rs 18,31). Se a obra precedeu a invasão de Senaquerib, é licito supor que o rei tivesse manipulado a distribuição da água com fins políticos. E a frustação dos seus planos consiste em perceber que a salvação veio não da sua estratégia, mas da acção livre de Deus que afastou o inimigo. Não se trata de uma crítica à manipulação da água, mas a denúncia do que a arrogância na sua manipulação, sem o horizonte de fé e de comunhão pode representar nos destinos de um povo: “O meu povo cometeu dois crimes: eles abandonaram-me, a fonte das águas vivas, e cavaram para si cisternas, cisternas furadas, que não podem conter água” (Jer 2,13). O novo simbolismo da água parte da experiência humana da sobrevivência para exprimir a confiança filial a Deus. Nessa confiança, o homem saberá que Deus o protege sempre, mesmo nas condições mais adversas: “Jahvé será para sempre o teu guia e te assegurará a fartura, mesmo em terra árida; revigorará os teus ossos, e serás como um jardim bem irrigado, como uma fonte borbulhante, cujas águas não faltam” (Is 58,11), e a plenitude será anunciada como um manancial incalculável que brota do santuário divino como uma torrente (Ez 47,1-12).
Esta expansão do simbolismo das águas recebe uma significação ainda mais plena na pregação de Jesus que, com os seu ensinamento, é fonte de água viva para a Samaritana (Jo 4,10-14), contrapondo-se à Lei, assumida na memória simbólica do poço de Jacob. O texto mais importante, porém, deverá ser o de Jo 7,37-39: “37 No último dia, o mais solene da festa, Jesus, de pé, bradou: “Se alguém tem sede, venha a mim; e quem crê em mim que sacie a sua sede! 38Como diz a Escritura, hão-de correr do seu coração rios de água viva.” Ora Ele disse isto, referindo-se ao Espírito que iam receber os que nele acreditassem; com efeito, ainda não tinham o Espírito, porque Jesus ainda não tinha sido glorificado.” O rito da festa das tenda acaba exactamente no termo do canal de Ezequias, onde o povo celebrava a conclusão da festa das Tendas com a aspersão simbólica das águas de Siloé, recordando o milagre das águas no deserto (Ex 17,1-7) na expectativa da vinda do Messias, que haveria de libertar o seu povo (Zac 14,8; Ez 47,1-2). Todo o capítulo sétimo gira à volta da verdadeira identidade de Jesus, e de que só a fé o pode revelar como aquele que vem restaurar a vida do homem. A tradição mais antiga lê aqui Jesus como fonte (cf. Ap 7,17; 21,6), mas também o que crê em Jesus poderá ser associado a essa ideia de fonte viva. Ainda que o sentido simbólico da água assuma os contornos de imagem metafórica, a sua ligação à vida, e vida em plenitude, é sempre o termo correlato. Participante desta fonte de vida pelo Baptismo, a água se torna sacramento e sinal eficaz de uma vida nova (Rm 6,1-11). Se a água aparecia como bem primordial para a possibilidade da vida, agora são as águas a certeza de uma vida definitiva oferecida aos homens.
Não será por acaso que o último livro da Bíblia, o Apocalipse, põe como cenário da glória definitiva, a imagem de um rio de águas vivas como manifestação da glória que supera toda a maldição e drama do humano com uma visão triunfal, repleta de esperança na humanidade e em toda a criação:
“ Mostrou-me, depois, um rio de água viva, resplendente como cristal, que saía do trono de Deus e do Cordeiro. No meio da praça da cidade e nas margens do rio está a árvore da Vida que produz doze colheitas de frutos; em cada mês o seu fruto, e as folhas da árvore servem de medicamento para as nações. E ali nunca mais haverá nada maldito. O trono de Deus e do Cordeiro estará na cidade e os seus servos hão-de adorá-lo e vê-lo face a face, e hão-de trazer gravado nas suas frontes o nome do Cordeiro. Não mais haverá noite, nem terão necessidade da luz da lâmpada, nem da luz do Sol, porque o Senhor Deus irradiará sobre eles a sua luz e serão reis pelos séculos dos séculos.” (Ap 22,15)

Vídeo "Tu és a água Viva"

Pode também ver este video em www.youtube.com/menorodrigues

Arménio Rodrigues

quinta-feira, junho 11, 2009

Eucaristia



Prefiguração - Promessa da Eucaristia

Os milagres da multiplicação dos pães quando o Senhor disse a bênção partiu e distribuiu os pães pelos seus discípulos para alimentar a multidão prefiguram a superabundância deste pão único da Sua Eucaristia.
O sinal da água transformada em vinho em Canã anuncia desde logo a hora da glorificação de Jesus. E manifesta o cumprimento do banquete das núpcias no Reino do Pai, onde os fieis beberão do vinho novo tornado Sangue de Cristo.

Eucaristia - Sacramento da Comunhão

Toda a Eucaristia está orientada para um convite: "Tomai e bebei!" Momento culminante da Celebração Eucaristica - COMUNHÃO Cristo torna-se presente para realizar a comunhão connosco. Sentido profundo da comunhão: Comungar com Jesus o mistério da morte e Ressurreição. Oferecemo-nos com Ele a Deus. Vivemos a mais íntima e intensa comunhão com Cristo. "O que come a minha carne e bebe o meu sangue habitará em mim e eu nele." (Jo 6, 56)

"Embora sendo muitos, formamos um só corpo, porque comemos todos do mesmo Pão." (1Co 10, 12) A Eucaristia leva os cristãos a viverem em comunhão na vida quotidiana, edificando a comunidade fraterna e contribuindo para o mundo mais fraterno.

Os grandes momentos da celebração: 1 - Liturgia da Palavra. 2 - Liturgia Eucarística.

Oração Eucaristica A Igreja dá acção de graças com Cristo pelas Maravilhas da salvação Cristo torna-se presente nos sinais do pão e do vinho. Actualiza o Seu significado redentor por toda a humanidade Acto Supremo: COMUNHÃO

Viver a Eucaristia - "Fazei isto em Memória de mim."


Video - EUCARISTIA

Pode também ver este video em http://www.youtube.com/watch?v=-oQ_20lJHDg

Arménio Rodrigues menorodrigues@gmail.com

sexta-feira, junho 05, 2009

Santíssima Trindade


Mistério grande vivido na intimidade do encontro entre Deus e a humanidade. Tudo nos é dado nesta forma de amor. E em tudo permanece connosco, ensinando-nos a cumprir tudo o que o Senhor nos indicar. Deus que para nós é pessoa. Trindade: Pai, Filho e Espírito Santo. Mistério a contemplar e a viver na missão para que esteja sempre connosco, até ao fim dos tempos.

Como reajo eu aos mistérios de Deus? Como reajo ao mistério da encarnação, da paixão, da ressurreição, da Santíssima Trindade? Não há atitude mais coerente que a da adoração. Perante um Deus que sei que nos quer como nós não conseguimos entender, só posso ficar agradecido/a e renovando o meu amor.
"Todo o poder Me foi dado no Céu e na terra."
Jesus mostra-se aos seus discípulos quem é realmente. Uma vez ressuscitado, ele é o Senhor do céu e da terra. Mas este poder foi-lhe dado e não conquistado, ou seja, insere-se nos planos de Deus. E como poder que é dado, é para ser posto ao serviço e não para ser usado tiranicamente.
Que poder é esse que Jesus tem sobre o céu e a terra? É um poder que organiza tudo e que me leva a viver de braços cruzados? É um poder que tem todas as soluções para os meus problemas? É um poder que me atemoriza, me controla e subjuga? Ou, muito pelo contrário, é um poder que me motiva a colaborar com ele, a enfrentar as intempéries da vida e a saborear a vida em plenitude?
Acção:
Viver o dia de hoje na certeza do amor que a Santíssima Trindade me tem. Viver na certeza que ela vela por mim, me guarda e me tem consigo e que, portanto, qualquer coisa que me aconteça e faça será para meu bem, ainda que no momento tudo pareça indicar o contrário.
"Ide e fazei discípulos de todas as nações…"
Depois de fazer com que os seus discípulos reconhecessem que estava vivo e era soberano do céu e da terra, Jesus partilha com eles um desejo, a sua vontade, uma ‘quase-obediência’: que fossem por todo o mundo e que, no contacto com os outros, fizessem destes seus discípulos.
Mais do que uma consolação para mim, o encontro com Jesus deve ser sempre um momento de conversão. É no encontro íntimo com ele que ele se dá a conhecer, dá a conhecer a sua vontade e me dá uma obediência: ele que é o Senhor do céu e da terra quer reinar no coração de cada homem e mulher e conta, portanto, com a minha colaboração.
Que mais podíeis dar do que dar-Vos a Vós mesmos, ó Trindade eterna? Sois um fogo que arde sempre e não se consome. Sois Vós que consumis com o vosso calor todo o amor profundo da alma. Sois um fogo que dissipa toda a frialdade e iluminais as mentes com a vossa luz, aquela luz com que me fizestes conhecer a vossa verdade.
O que Fazer?
Aceito o desafio de Jesus e hoje vou procurar ensinar os outros a cumprir o mandamento do amor segundo Jesus. Antes devo ser consciente de que a melhor forma de o fazer é começando por mim: amando a Deus e aos outros, à maneira de Jesus.
Arménio Rodrigues
menorodrigues@gmail.com

sábado, maio 30, 2009

Pentecostes


«A Paz esteja convosco!»

A vinda do Espírito Santo em Pentecostes significa a irrupção da vida nova entre os seguidores de Jesus. A vinda do Espírito Santo significou para aquele punhado de discípulos o fim do medo e do temor. Abrem-se as portas da comunidade. Nasce a comunidade dos crentes livre, corajosa e testemunha da paz de Cristo vivo e Ressuscitado. Na experiência do nosso Pentecostes esperamos também que o Espírito irrompa nas nossas vidas para nos dar força, para nos tornar mais comunidade, para vencer os nossos medos e nos tornar testemunhas de Jesus Ressuscitado vivo em nós.

O Dom do Espírito é o sopro de vida que brotou da Páscoa de Cristo, tudo renova. transforma e vivifica. Este mesmo Espírito que transformou os Apóstolos habita-nos. Transforma o medo em coragem, o egoísmo em amor partilhado, o orgulho em serviço simples e humilde. É Ele que nos faz vencer obstáculos, superar fracassos, ultrapassar o cepticismo e a desilusão, reencontrar a orientação, readquirir a esperança e fé. É fundamental tomar consciência da presença contínua do Espírito do Senhor em nós, nos outros, nos nossos ambientes, famílias. comunidades, no mundo, e ficar atento aos seus apelos, interpelações e indicações. Só Ele nos faz viver em Cristo.

Como Maria, mulher dócil e obediente ao Espírito de Deus, tomemos consciência de que somos habitados, animados, fortalecidos, renovados e guiados por este mesmo Espírito que o Senhor nos envia.

Oração

Vem, Espírito de Deus, Espírito de amor e de doação. Vem ensinar-nos a escutar a Palavra de Jesus que nos chama e compromete, enviando-nos em missão. Que ninguém fique indiferente ao Teu convite. Vem. Espírito de coragem e docilidade, ensinar-nos a responder à vontade do Pai. Vem ensinar-nos a ser enviados do Ressuscitado, mensageiros do amor, guiados e animados pelo Espírito. Vem remove-nos dos medos, comodismos, raciocínios, cobardias... Vem impele-nos!

Um feliz Pentecostes!
Arménio Rodrigues

quinta-feira, abril 30, 2009

Avé Maria, reza por nós!



Maria
Primeira e última Igreja

Maria de Nazaré tem um lugar especial na nossa vida de cristãos. É, como disse um homem de fé: "A primeira e última Igreja." A primeira a ser Igreja. A primeira a acolher a Palavra de Deus, a dizer "SIM" ao plano libertador de Deus. Um sim tão forte que o Filho de Deus se fez carne na carne de Maria. Maria inaugurou a Igreja: o povo de homens e mulheres que acolhe e torna presente o Filho de Deus. E é a "última Igreja", a fidelidade total para onde tende a Igreja, o grupo daqueles que seguem Jesus, o Seu Filho. Bento XVI rezava, pedindo "Mostra-nos Jesus. Guia-nos para Ele. Ensina-nos a conhecê-Lo e a amá-Lo." É uma bela atitude para quem faz catequese. Na nossa caminhada como crentes e catequistas Maria é um modelo e uma fonte de inspiração. E para os nossos catequizandos Maria pode ser também um modelo do que é ser discípulo de Jesus: Minha Mãe, meus irmãos são todos aqueles que fazem a vontade de Meu Pai.


Video Avé Maria, reza por nós! Pode ver também no meu canal Youtube: www.youtube.com/menorodrigues


menorodrigues@gmail.com

sábado, abril 11, 2009

É Páscoa do Senhor! Ressuscitou!

É a Páscoa do Senhor! Ressuscitou! Vive! E porque vive, enche de entusiasmo o nosso existir. Anima-nos à esperança. Anima-nos ao testemunho. Anima-nos à fé. É a festa da vida. Do encontro. Da partilha. Em Jesus ressuscitado somos convidados para o encontro com o Evangelho da verdade. Somos comunidade. Somos de Cristo. De Cristo vivo. Feliz Páscoa!

No primeiro dia da semana, Maria Madalena foi de manhãzinha, ainda escuro, ao sepulcro e viu a pedra retirada do sepulcro.
Correu então e foi ter com Simão Pedro e com o discípulo predilecto de Jesus e disse-lhes: «Levaram o Senhor do sepulcro e não sabemos onde O puseram».
Pedro partiu com o outro discípulo e foram ambos ao sepulcro. Corriam os dois juntos, mas o outro discípulo antecipou-se, correndo mais depressa do que Pedro, e chegou primeiro ao sepulcro. Debruçando-se, viu as ligaduras no chão, mas não entrou.
Entretanto, chegou também Simão Pedro, que o seguira. Entrou no sepulcro e viu as ligaduras no chão e o sudário que tinha estado sobre a cabeça de Jesus, não com as ligaduras, mas enrolado à parte.
Entrou também o outro discípulo que chegara primeiro ao sepulcro: viu e acreditou.
Na verdade, ainda não tinham entendido a Escritura, segundo a qual Jesus devia ressuscitar dos mortos.
No primeiro dia da semana, Maria Madalena foi de manhãzinha, ainda escuro, ao sepulcro e viu a pedra retirada do sepulcro.

O Domingo da Ressurreição, primeiro dia da semana é o começo de uma vida nova; uma nova criação; a libertação definitiva! Tempos novos! Sentido novo! Homem novo! Maria madalena, discípula do Senhor, não se aquieta à sua ausência. Vai procurá-Lo, prestar-Lhe homenagem, movida pela força do amor! Porque procurou, apesar da noite escura da ausência e da frieza do sepulcro, constatou a novidade: o sepulcro aberto e vazio! Jesus não estava lá! Afinal, a morte não é a última realidade!

Cada Páscoa, esta Páscoa, pode ser “um primeiro dia” na nossa vida. O início de uma vida diferente, porque marcada pelo sentido novo da Ressurreição. Apesar do escuro da nossa pouca fé, apesar do escuro de uma cultura do evidente e palpável, somos convidados à experiência de vislumbrar sinais de ressurreição anunciadores de uma vida nova! Com e como Maria Madalena e todos os apaixonados pelo Senhor, deixemo-nos mover pela fé e pela sede de Deus! Procuremos o Senhor vivo em nós, nos nossos ambientes, na Igreja, no mundo! Ele está vivo entre nós!

Oração
“Disseram-nos, Senhor, que estavas morto há três dias, guardado por soldados, e que ninguém podia remover a pedra do sepulcro! …surpreendido, o mundo viu nascer o dia do Senhor.
Não há ressurreição sem haver morte, nem triunfo se não houver batalha: saibamos nós morrer em cada dia e ser o homem novo!”(da liturgia do tempo pascal- Hino de laudes)


Video Páscoa

Videos com som.


Votos de Uma Santa Páscoa!

Arménio Rodrigues

sábado, abril 04, 2009

Semana Santa


Semana Santa


Vídeo - Semana Santa
http://www.youtube.com/menorodrigues

Na sua missão, Jesus entrou em choque com a atmosfera de egoísmo e opressão que dominava o povo. As autoridades não estavam dispostas a renunciar aos mecanismos que lhes asseguravam poder, influência, e privilégios; não estavam dispostas a desinstalar-se e a aceitar Jesus como o Filho de Deus (Mc 1,1; 15,39). Tantas vezes de costas voltadas, os príncipes dos sacerdotes, os anciãos e os escribas estão, finalmente, de acordo: não querem perder a oportunidade para acabar com Jesus. Os inimigos juntam-se na mesma condenação. A partir daqui, Jesus torna-se um “objecto”, com as mãos atadas, mas que vai passando de mão em mão: os que O prenderam levam-n’O ao sinédrio, estes entregam Jesus a Pilatos, este aos soldados e, por fim, os soldados levam-n’O à cruz! O seu corpo, entregue por nós, passa de uns para outros, de maneira que todas as mãos dos pecadores recebam o dom.


Preocupa-me, Senhor, que no nosso mundo não haja lugar para Ti, para o Teu projecto de amor, para os Teus gestos que provocam inveja, para as Tuas palavras que desinstalam e incomodam, porque são verdadeiras. Mas o que mais me preocupa é que tantas vezes, também no meu coração, não há lugar para Ti! Estás consciente das consequências e do sofrimento e da Tua entrega. O Teu caminho de cruz já começou. E esse caminho é comprido. O caminho é sempre interminável quando o sofrimento é muito. Mas nesta humilhação, nesta fraqueza, manifesta-se a fortaleza do Teu amor, sem limites, até às últimas consequências. Como é bom ter um Deus assim, capaz de se entregar por amor, mesmo sem eu merecer! Obrigado, Senhor!



Na véspera de morrer, Jesus, que tendo amado os seus, amou-os até ao fim, deixou à Sua Igreja dois sinais do Seu amor – O Seu testamento…
Primeiro: Amai-vos como Eu vos amei… Com um amor tecido de humildade e de serviço (exemplificado nessa noite ao lavar os pés aos discípulos).
Segundo: Fazei isto em memória de mim. Dando aos seus discípulos o pão como Seu Corpo e o vinho como Seu Sangue, quis perpetuar a sua presença e comunhão de modo sensível. Os dois testamentos são inseparáveis, estão indissoluvelmente unidos.


Sexta-Feira Santa


Quando chegou o meio-dia, as trevas envolveram toda a terra até às três horas da tarde. E às três horas da tarde, Jesus clamou com voz forte: «Eloí, Eloí, lamá sabachtháni?» que quer dizer: «Meu Deus, meu Deus, porque Me abandonastes?» Alguns dos presentes, ouvindo isto, disseram: «Está a chamar por Elias». Alguém correu a embeber uma esponja em vinagre e, pondo-a na ponta duma cana, deu-Lhe a beber e disse: «Deixa ver se Elias vem tirá-l’O dali». Então Jesus, soltando um grande brado, expirou. O véu do templo rasgou-se em duas partes de alto a baixo. O centurião que estava em frente de Jesus, ao vê-l’O expirar daquela maneira, exclamou: «Na verdade, este homem era Filho de Deus».

As trevas envolveram a terra ao meio dia; o mal atingiu o seu ápice: a luz, princípio da criação, está “prisioneira” das trevas (Am 8,9). E toda a terra faz luto pelo Filho. As trevas, que ofuscam o sol, são o regresso do caos primordial e, a partir da cruz de Seu Filho, Deus realiza uma nova criação. Jesus está só (Sal 22). Todos o abandonaram. Diante da cruz, apenas o centurião, um desconhecido, responsável pela execução de Jesus, se fez crente. Deveria impressionar-nos que todos os discípulos fracassaram onde um pagão resistiu. Diante da cruz tornou-se crente. Bom exemplo para esta Páscoa. Não tenhamos dúvidas: a nossa fé não será madura enquanto não aceitarmos a cruz de Cristo.


Boa Semana Santa.

Arménio Rodrigues
menorodrigues@gmail.com

segunda-feira, fevereiro 23, 2009

Quaresma - Tempo Para Amar!


Quaresma
Tempo Para Amar!


Vídeo Quaresma - Tempo Para Amar -Pedidos do Vídeo Para: menorodrigues@gmail.com



Uma marcha de 40 anos
Através do deserto, na experiência do Êxodo e do sinai, Israel forjou-se como povo numa relação íntima de Aliança com o seu Deus. O deserto foi o caminho "obrigatório", que o povo de Deus teve de percorrer antes de entrar na terra prometida.
O caminho foi escolhodo por Deus, mesmo não sendo o mais curto, porque Deus queria ser o guia do seu povo (Ex 13, 21).
No deserto o povo adorou a Deus, recebeu a Lei e fez a Aliança que transformou os escravos fugidos no povo de Deus. Deus fez o povo no deserto para o levar à terra prometida. E o deserto tornou-se um autêntico itinerário pedagógico para o povo de Deus.
Deserto: caminho da escravidão à liberdade
Sair da escravidão (do egipto) é o inicio do caminho para a terra. O caminho-deserto passa pelo afastamento do bem-estar (pago com escravidão), e leva à realização das promessas feitas por Deus a Abraão (Gen 12, 1-9)
A experiência do deserto não é fácil. Ali não há caminhos já traçados. O deserto transforma-se num lugar de vida e de morte, num lugar de prova. A força do povo e a sua consistência radicam na fidelidade à Aliança que faz deles o povo de Deus.
Mas desde o inicio que os hebreus murmuram contra o Senhor: não há segurança, não há água, não há carne! (Ex 14, 1). Diante das dificuldades o povo suspira pelas cebolas do Egipto, sem pensar que isso era o regresso à escravatura.
O triunfo da misericórdia de Deus
Apesar das "murmurações" do povo e da completa escassez de recursos, a experiência do deserto proporcionou ao povo diversas ocasiões para sentir a misericórdia de Deus. É quanto nos demonstra o livro do Deuteronómio (1)
Deus é um educador. Através das provas do deserto, Israel aprendeu qual o comportamento que deveria assumir diante de Deus. No deserto, o povo aprendeu que toda a sua vida depende de Deus.
Os profetas e o deserto
Para os profetas, homens escolhidos por Deus para comunicar a Palavra ao povo, o deserto é um lugar privilegiado. O segundo Isaías - um profeta que acompanhara o povo de Judno exílio da Babilónia - anuncia poeticamente o seu regresso (que teria lugar no ano 538 ac), utilizando a metáfora do deserto que se transforma em jardim (Is 43, 18-21).
Para o profeta Isaías, o deserto representa o lugar da salvação e do perdão: "É assim que o vou seduzir: ao deserto o conduzirei, para lhe falar ao coração" (Os 2, 16)
A experiência de Jesus no deserto
Jesus, depois do baptismo, é levado ao deserto pelo Espírito. Retira-se quarenta dias para o deserto da Judeia, onde vence as tentações de Satanás (Lc 4, 1-13.
Tal como para Israel, também para Jesus, o deserto é o lugar da prova. A tentação é superada com a entraga de si mesmo a Deus e à sua palavra: "Nem só de pão vive o homem". ao senhor, teu Deus, adorarás e só a Ele prestarás culto" e "Não tentarás ao Senhor, teu Deus".
Na sua vida pública, Jesus utilizou o deserto como refúgio contra as multidões e com o lugar para a oração. (Lc 4, 42-44).
Jesus: Caminho, verdade e vida
Jesus é aquele que realiza na sua pessoa os dons maravilhosos de outrora. Ele é a água viva, o pão do céu, o caminho e o guia.
Ele é aquele em quem se realiza a intimidade com Deus, pela comunhão com a sua carne e o seu sangue.
Em certo sentido podemos afirmar que Jesus cristo é o nosso deserto; n´Ele superámos a prova, n´Ele temos a comunhão perfeita com Deus.
Para o cristão, a "espiritualidade do deserto" é, acima de tudo, ver Jesus Cristo como "Caminho, Verdade e Vida" (Jo 14, 6); ao encontrá-Lo, tornamo-nos "sal e luz) no meio dos desertos de hoje, o deserto da pobreza, o deserto da fome e da sede, o deserto do abandono, da solidão, do amor destruido... o deserto do esquecimento de Deus, do vazio das almas que já não têm consciência da dignidade e do rumo do homem.
Nesta Quaresma é importante identificar quais são os "desertos" mais presentes no quotidiano da nossa vida...
Boa Quaresma!

Arménio Rodrigues

menorodrigues@gmail.com



sexta-feira, janeiro 16, 2009

Chamamento


Chamamento

A liturgia do 2º Domingo do Tempo Comum propõe-nos uma reflexão sobre a disponibilidade para acolher os desafios de Deus e para seguir Jesus.
O chamamento é sempre uma iniciativa de Deus, o qual vem ao encontro do homem e chama-o pelo nome. Ao homem é pedido que se coloque numa atitude de total disponibilidade para escutar a voz e os desafios de Deus.
A história da vocação de André e do outro discípulo (despertos por João Baptista para a presença do Messias) mostra, ainda, a importância do papel dos irmãos da nossa comunidade na nossa própria descoberta de Jesus. A comunidade ajuda-nos a tomar consciência desse Jesus que passa e aponta-nos o caminho do seguimento. Os desafios de Deus ecoam, tantas vezes, na nossa vida através dos irmãos que nos rodeiam, das suas indicações, da partilha que eles fazem connosco e que dispõe o nosso coração para reconhecer Jesus e para O seguir. É na escuta dos nossos irmãos que encontramos, tantas vezes, as propostas que o próprio Deus nos apresenta.
O encontro com Jesus nunca é um caminho fechado, pessoal e sem consequências comunitárias… Mas é um caminho que tem de me levar ao encontro dos irmãos e que deve tornar-se, em qualquer tempo e em qualquer circunstância, anúncio e testemunho. Quem experimenta a vida e a liberdade que Cristo oferece, não pode calar essa descoberta; mas deve sentir a necessidade de a partilhar com os outros, a fim de que também eles possam encontrar o verdadeiro sentido para a sua existência. “Encontrámos o Messias” deve ser o anúncio jubiloso de quem fez uma verdadeira experiência de vida nova e verdadeira e anseia por levar os irmãos a uma descoberta semelhante.

João Baptista nunca procurou apontar os holofotes para a sua própria pessoa e criar um grupo de adeptos ou seguidores que satisfizessem a sua vaidade ou a sua ânsia de protagonismo… A sua preocupação foi apenas preparar o coração dos seus concidadãos para acolher Jesus. Depois, retirou-se discretamente para a sombra, deixando que os projectos de Deus seguissem o seu curso. Ele ensina-nos a nunca nos tornarmos protagonistas ou a atrair sobre nós as atenções; ele ensina-nos a sermos testemunhas de Jesus, não de nós próprios.
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Arménio Rodrigues

menorodrigues@gmail.com

sábado, janeiro 10, 2009

Baptismo do Senhor

No episódio do baptismo, Jesus aparece como o Filho amado, que o Pai enviou ao encontro dos homens para os libertar e para os inserir numa dinâmica de comunhão e de vida nova. Nessa cena revela-se, portanto, a preocupação de Deus e o imenso amor que Ele nos dedica... É bonita esta história de um Deus que envia o próprio Filho ao mundo, que pede a esse Filho que Se solidarize com as dores e limitações dos homens e que, através da acção do Filho, reconcilia os homens consigo e fá-los chegar à vida em plenitude. Aquilo que nos é pedido é que correspondamos ao amor do Pai, acolhendo a Sua oferta de salvação e seguindo Jesus no amor, na entrega, no dom da vida. Ora, no dia do nosso baptismo, comprometemo-nos com esse projecto... Temos, depois disso, renovado diariamente o nosso compromisso e percorrido, com coerência, esse caminho que Jesus veio propor-nos?


A celebração do baptismo do Senhor leva.nos até um Jesus que assume plenamente a sua condição de "Filho" e que se faz obediente ao Pai, cumprindo integralmente o projecto do Pai de dar vida ao homem. É esta mesma atitude de obediência radical, de entrega incondicional, de confiança absoluta que eu assumo na minha relação com Deus? O projecto de Deus é, para mim, mais importante de que os meus projectos pessoais ou do que os desafios que o mundo me faz?


Baptismo (vídeos com som)


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Arménio Rodrigues
menorodrigues@gmail.com