segunda-feira, dezembro 24, 2018

Natal



Nascer de novo
É o Natal de Jesus. Desse Jesus a quem anunciamos em cada catequese. Vamos todos a Belém, onde o Messias haveria de nascer. Vamos à Belém das nossas vidas. Corramos a adorar o Menino. Vamos: não vale a pena ir sós. Precisamos de ser todos a ir. Todos nós. Para nascer de novo. Natal de Jesus: Nem pais-natal, nem luzes, nem brinquedos, nem consoadas, nem quase nada... Foi feito de muito pouco esse primeiro "natal". Uma gruta, um estábulo, ou um curral. Uma manjedoura e uns poucos de panos para envolver o Menino. Poucas coisas, muitos afectos! Ternuras mil! Afinal, é um Menino que nasce! Um Menino que é a nossa salvação. Deus connosco. "Emmanuel". Anunciado pelas estrelas e em mil vozes de anjos num "Glória in excelsis Deo" impetuoso que desperta pastores e pessoas simples.
Passou o tempo e hoje é tempo de anunciarmos: "Feliz Natal!" - Eis que chega o "Deus connosco"! É feliz a nossa dita porque em nós fazemos "Natal", nascimento, chegada. A promessa de tantos tempos esperada, torna-se feliz nascimento, feliz esperança. Simplesmente porque Deus vem de novo habitar no meio de nós. É, então, um momento de anúncio particular e único. Um momento de missão. Um momento de festa e de partilha. Um momento de paz. Um momento de Deus!


O Natal é o dia da alegria. Uma alegria que nasce da beleza de Deus.
O Natal é o ensaio daquele mundo de sonho que todos esperamos, no qual a nossa sede e a nossa fome serão saciadas plenamente.
Que este Natal nos ajude a aproximar mais de todos os que connosco convivem!
Desejo a todos um SANTO E FELIZ NATAL!!





MENINO JESUS!

Tuas mãos tudo partilham
do Todo que nos trouxeste.
Teus olhos, felizes, brilham
pelo "Sim" que ao Pai disseste.

Simples, meigo, despojado
para vestir nossa veste,
Tu és o Deus humanado
que nosso Irmão te fizeste.

Jesus Menino em Belém,
em Nazaré Tu cresceste;
homem, em Jeruzalém
morte injusta padeceste.

SALVADOR

De todo o povo
sem distinção,
que nos deste
a esperança
de um Mundo Novo.



Bem-Vindo, porque vieste!

BOAS FESTAS

SANTO NATAL

sábado, dezembro 01, 2018

Advento - Tempo de Esperança


Estamos a começar o Advento. É um tempo para preparar o Natal. Ele é para todos, porque o Natal é também para todos. Vamos dando conta, a cada momento com maior nitidez, de que o Natal cristão está a ficar muito escondido dentro das nossas casas e igrejas, e até dentro de nós próprios. O consumismo e a publicidade, a rotina e a indiferença são também algumas razões que têm eclipsado o sentido da vida, o sentido da fé e da esperança. Sem ficarmos fora da órbita da vida, precisamos de corrigir o percurso da vida cristã: não só não podemos perder o sentido do Natal hoje, como também precisamos de o desenvolver sempre mais no suporte de uma fé, esclarecida e forte, para uma vivência da esperança, fundamentada e comprometida. .  A caminhada da preparação para o Natal não é mais um adorno exterior, porventura até enriquecedor da liturgia do tempo, mas uma ocasião fundamental para darmos um ou mais passos para a frente. É um Tempo para aprender a esperar Deus que vem ao nosso encontro. Mas como se faz para preparar um encontro com Deus? A Palavra de Jesus é clara: "Há que acordar!" Que estar praparados para a mudança. Acima de tudo, há que despertar o coração. Às vezes, temos o coração pesado demais. Preocupações, desilusões, enganos, falsos deuses, valores insignificantes...há muita coisa a tornar pesado o nosso coração. E vivemos, como que anestesiados. Sem capacidade de reagir com entusiasmo e energia diante de um acontecimento inesperado.

O Advento é o tempo da esperança verdadeira. O Tempo em que Jesus Se encontra com cada um de nós e mostra a bondade do Pai. Mas há muita gente que não consegue ver esta verdade poderosa. Para ver Deus que Se revela é preciso ter o coração dos pequenos, o coração puro, capaz de se abrir à LUZ. 
O Advento é como uma obra de engenharia. É um tempo para avaliar a qualidade do terreno sobre qual construímos a nossa casa, a nossa vida.
Temos coragem de escavar mais fundo, à procura da rocha verdadeira que é CRISTO? Ou contentamo-nos com terrenos frágeis, sempre instáveis e movediços, incapazes de dar solidez e dignidade ao nosso futuro? Escavar em profundidade não é só escutar a Palavra de Deus: é pô-la em prática! Transformá-la em gestos concretos
 É importante, por isso, que toda a comunidade cristã (crianças, adolescentes, jovens e adultos), individualmente e em grupo, se empenhe neste processo. O Natal não é o passado histórico, celebrado de forma mais ou menos romântica e folclórica, mas é o presente da fé comprometido com o futuro esperado e possível. DEUS não é o passado: É o hoje e o amanhã.

Temos esperança em Deus? As pessoas acreditam em nós quando dizemos que somos alegres em todas as situações porque sabemos que Deus está connosco?
O amor de Deus não perdoa apenas e sem mais…deve provocar a nossa conversão. Damos espaço a Deus para ter uma opinião sobre a nossa vida?
O que dinamiza o mundo é o amor… nunca o medo… em situações em que temos poder, usamo-lo para atemorizar os outros?
Só tem mesmo esperança em Deus quem reza. Rezamos?
Os bens de que dispomos são, em última análise, dom de Deus. Somos capazes de os partilhar? Já nos lembrámos de proporcionar um Natal mais digno a alguma pessoa ou a alguma família?
Praticamos ou praticámos algum acto de violência contra alguém (física…psicológica)?

Vídeo Advento - Ao Encontro da Luz

domingo, novembro 18, 2018

Eucaristia-Corpo de Deus




A EUCARISTIA NA BÍBLIA
A Vida e a Vitalidade da Eucaristia
A Última Ceia é pré-pascal. Mas a Eucaristia é pós-pascal. A Eucaristia é a dinâmica eclesial de memorial da Última Ceia como espaço privilegiado de comunhão com Cristo e acolhimento da sua Vida.

“Ao redor da mesa” é uma das expressões bíblicas de mais profunda convivialidade e felicidade. A importância da refeição era um dado cultural do povo bíblico. Depois, este dado cultural tornou-se uma fonte de linguagem teológica.
A Última Ceia como instituição da Eucaristia
A Última Ceia de Jesus é o ponto decisivo de arranque do Reino de Deus entre os Homens, como configuradora de sentido para a sua morte… e a Eucaristia que dela brota é a dinâmica memorial dessa morte-ressurreição salvadora até a plenitude do Reino chegar.

O que diz S. Paulo sobre o "Corpo de Cristo"
Paulo utiliza no seu pensamento a linguagem do “Resto Fiel”, tipicamente bíblica, para falar da Igreja. A Igreja é o Resto Fiel de Cristo e a Cristo. A Eucaristia é a celebração fraterna deste Resto Fiel.

O que diz S. João sobre o "Pão da Vida"
 “Comer o Pão da Vida” é “Permanecer em Cristo”, na linguagem do quarto evangelho. João superou a perspectiva davídica do messianismo de Jesus. Por isso, como realização definitiva da missão de Jesus nunca fala de uma “segunda vinda”, mas sim da “vinda do Espírito Santo, o Paráclito, o Espírito da Verdade, do Pai e do Filho”, dom maior da “Hora” de Jesus, a sua morte-ressurreição.

A "Fracção do Pão" nos Actos dos Apóstolos e o Sacerdócio na Carta aos Hebreus
Os ritos cultuais não são o que dá eficácia à acção do Espírito Santo, mas sim os carismas, que são as qualidades de cada um postas ao serviço de todos e, sobretudo, abertas à acção consagrante do Espírito Santo. O Espírito Santo é Pessoa-Comunhão. É no contexto de pessoas em comunhão que Ele se torna verdadeiramente vivo e eficaz.
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A EUCARISTIA PASSO-A-PASSO
Eucaristia: a Festa dos Corações Agradecidos
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Eu gosto de chamar à Eucaristia a Festa dos Corações Agradecidos, porque é por excelência a celebração festiva da nossa Gratidão ao conhecermos o Amor de Deus que é Graça. É a Graça de Deus, que Se faz Dom imerecido, que nos faz desbordar em Gratidão.
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Celebrar é Humano...
Ser pessoa é construir-se pessoa. Não nascemos acabados, feitos. Nascemos possibilitados, mas não realizados. Nesta dinâmica, há momentos, acontecimentos e horizontes tão especialmente significativos que nós costumamos Celebrá-los. Celebrar é conferir sentido à nossa história, estruturando-a com os acontecimentos e experiências que celebramos.
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"Os quatro insubstituíveis" dos Sacramentos
Os sacramentos cristãos não são realidades mágicas caídas do céu, mas sim Celebrações da Vida à luz da Fé. E a Fé é que rasga aqui horizontes novos… Pela Palavra e pelo Espírito que nos consagram, as dimensões humanas das nossas celebrações não são anuladas mas optimizadas…
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A Comunidade Reunida
Ainda nos falta descobrir a alegria de sermos Comunidade. Ou, melhor, não nos falta descobrir essa alegria, mas Re-descobrir, porque a Igreja primitiva tinha um rosto profundamente comunitário. Não havia multidões, massas de desconhecidos. Todos aprofundavam, celebravam e viviam a sua Fé em comum-unidade.
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Um Amor que perdoa é um Amor que Recria
Deus-Amor cria-nos para o amor. Nós fomos capazes de inventar o pecado, o contrário do Amor. Como o amor é o ritmo da nossa quotidiana criação, o pecado é o ritmo da nossa descriação, sermos menos do que estamos chamados e possibilitados a ser. E é neste contexto vital que temos que entender o Perdão de Deus.

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Das palavras à PALAVRA
A Igreja é a Comunidade convocada, a comum-união de todos num mesmo chamamento. A Igreja brota da escuta de uma Palavra, existe em torno dessa Palavra para a saborear, acolher, encarnar e celebrar e, depois, ser voz profética dessa Palavra transformadora do mundo pelo anúncio e pelo testemunho. Mas, não te parece que esta dimensão da Igreja como Comunidade da Palavra está há muito esquecida? A mim, sinceramente, sim…
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Crer e Querer
Já reparaste como costumamos dizer o Credo nas nossas Eucaristias? Parecemos um grupo de meninos na escola a dizer em coro a cartilha, com os sítios das respirações já sabidos de cor, a mesma entoação feita por todos, e o mesmo ar de enfado de quem não se importaria nada de “saltar essa parte”…

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Ofertório de Vida
O primeiro ofertório é Deus mesmo, presente, actuante, disponível. Porque é Amor, não pode fechar-se em Si próprio, não pode guardar-se para Si, sem Se dar. Porque é Amor, Deus não pode senão ofertar-Se permanentemente, Deus-Graça e Deus de Graça para todos.

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A Consagração é um "Mistério de Fé"
Um dos maiores perigos para a nossa Fé é descambarmos para a lógica das magias e dos “poderes especiais” fechados à compreensão e à explicação. E depois, ingenuamente, chamamos a isso “Mistérios”… como se fossem realidades insondáveis e de conhecimento impossível.
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Do Pai Nosso à Sabedoria da Oração
O Pai Nosso não é uma fórmula, não é uma “reza” a ser repetida! Jesus não ensinava “rezas”, mas sim os segredos para viver em intimidade com Deus, a sabedoria da oração. Nós fizemos do Pai Nosso uma fórmula a repetir, mais uma “reza” a decorar; mas não foi isso que Jesus ensinou aos seus discípulos.
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Enviados à Eucaristia da Vida
Alguma vez te deste conta de que a Eucaristia não tem fim? A celebração termina com um envio: “Ide em paz…”, porque o que termina é a celebração, não a Eucaristia como experiência da Graça e resposta de Gratidão. Querer terminar a Eucaristia quando termina a celebração é abortá-la!

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"Mapa da Eucaristia" (resumo)
Como que um Guia de Percurso, uma sinalização do caminho. Agora, já não um mapa de estradas e ruas, mas um Mapa da Eucaristia. Comecemos viagem…
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Vídeo: Eucaristia-Corpo de Deus

Arménio Rodrigues

terça-feira, novembro 13, 2018

Acreditar em Deus


O Antigo Testamento (=AT) não tem uma definição única de fé, mas há visões diferentes que convergem naquilo que se entende ser a fé: a correta atitude diante de Deus.
As palavras da família de "ámen" são muito usadas. Fé, acreditar (ámen) é ter um apoio para a vida. Quando há um perigo para a vida, deve-se acreditar (ter fé), confiar em Deus pois Ele nos salvará. A salvação não vem de nós mesmos mas de Deus.
Um bom exemplo para entender isso é o capítulo 7 do livro do profeta Isaías. O rei Acaz, rei de Judá enfrenta uma séria ameaça: o rei de Israel e o rei de Damasco fizeram uma aliança e preparam-se para invadir e destruir o país. Ao saberem isto, "agitou-se o coração do rei e do povo, como se agitam as árvores das florestas impelidas pelo vento" (Is 7, 2b). Mas Deus envia o profeta a convidar à fé.
Diante das dificuldades, do medo, acreditar é confiar no apoio que Deus envia. Conclui o profeta: "Se não acreditardes, morrereis (Is 7, 9). Só em Deus há apoio seguro.

O Pai dos crentes
Abraão enfrenta um perigo diferente. Não tem filhos; tudo o que construiu na sua vida perde sentido. Mas Deus convida-o a confiar. Deus desafia Abraão a partir para uma terra nova e promete-lhe uma descendência. No capítulo 15 do livro do Génesis há um belo diálogo entre Deus e Abraão. Mais uma vez, Deus começa dizendo "não temas". Podes confiar em Deus. Se Deus está aqui, não é preciso ter medo.
No versículo 6, o escritor diz: "Abraão confiou no Senhor". A atitude de fé de Abraão é a atitude de quem aceita confiar a sua vida a Deus. Abraão não confia que terá um filho pelas sua próprias forças (é já velho, tal como Sara, sua esposa); Abraão sabe que só Deus poderá superar esta difiuldade. Ter fé é confiar só em Deus e em mais nada nem em mais ninguém. A salvação, a possibilidade de futuro, nasce de uma correta (justa) atitude diante de Deus.

Moisés e a libertação
O livro do Êxodo, como relato da vida e ação de Moisés, introduz uma ideia nova: a fé é um a atitude de escuta e aceitação de uma mensagem. A fé não é apenas uma atitude genérica, uma confiança de fundo em Deus; é acolhimento de conteúdos concretos. No final da travessia do Mar vermelho, depois da derrota do faraó, diz Ex 14, 31: "Israel viu a mão poderosa com que o Senhor atuou contra o Egipto; o povo (...) acreditou no Senhor e em Moisés, seu servo."
A fé tem de ser confiança nas promessas de Deus (sobretudo na terra prometida) mas também obediência e fidelidade á aliança, com base nas ações maravilhosas que Deus fez em favor do seu povo.

A fé e a crise da fé
A certa altura caiu-se num esquema muito simplista: crer era confiar apenas em Deus; e quem acreditasse seria feliz e teria uma vida próspera. Pelo contrário, o infeliz devia a sua miséria à sua falta de fé. O livro de Job vai colocar esse esquema em causa. Job é um homem justo, com uma fé viva, sincera. A quem, inesperadamente acontecem uma série de desgraças. Os amigos de Job interpretam essas desgraças como falta de fé por parte de Job. Mas o pobre Job sente que sempre teve diante de Deus a postura correta. Que fazer?
O que o livro sugere é a necessidade de superar o tal esquema simplista da fé. A fé verdadeira é com o um caminho difícil, cheio de contrariedades. E esse caminho árduo faz nascer dentro da pessoa uma fé mais madura. Não uma fé fácil sem perguntas mas uma fé que interpela o próprio Deus, que se pergunta pelo sentido do sofrimento inocente.

Um só Deus
Habitualmente temos claro que o povo de Israel se distinguia dos outros povos por ser monoteísta, por acreditar num só deus, enquanto os outros eram politeístas, isto é, acreditavam em vários deuses.
Na realidade, durante muito tempo, mesmo os israelitas crentes pareciam aceitar a existência de outros deuses além de Javé: "Não terás contigo um deus estrangeiro, nem te prostarás diante de um deus estranho. Eu sou o Senhor, teu Deus, que te tirou da terra do Egipto" (SI 81, 10-11). O importante para a fé israelita era que só Javé, que tinha chamado Abraão e dado uma descendência, que tinha libertado o povo através de Moisés, que sempre tinha acompanhado e protegido o seu povo, era merecedor de fé, de confiança.
Diante dos outros "deuses", os israelitas pareciam dizer: "eles existem mas são inuteis; só Javé nos protege e salva!"
É só depois do exílio, precisamente quando as promessas de Deus parecem ser postas em causa, que alguns sábios e profetas reagem com um forte monoteísmo. Só há um Deus. Tudo o resto são ilusões e mitos.

Desafios a reter
- Acreditar é bem mais que afirmar a existência de Alguém. É confiar em Deus.
- Acreditar é manter um estilo de relação confiante em Deus. Mas é também aceitar as propostas objectivas que Deus faz.
- O caminho da fé não é fácil. Acreditamos em Deus que nos protege e salva mesmo quando a nossa existência não mostra isso.

Vídeo - CREIO

sábado, julho 14, 2018

Ao Falar de Ti...


Férias

Tempo de Descanso. Tempo de recuperação de forças. Pode ser um tempo perdido. Tantas vezes, as férias, cheias de tudo e de nada, se tornam um tempo de maior cansaço e de dispersão.

É o não querer perder nada… programam-se viagens, enchem-se malas, gasta-se por vezes o que não se tem, corre-se desalmadamente, … um sem número de nadas que rapidamente se desvanecem no primeiro dia de trabalho em que nos descobrimos absolutamente cansados e de regresso à simples e enfadonha rotina. Isto não são férias.

Férias é mudar de atividade. É descansar, não por ficar sem fazer nada ou porque seja obrigatório mudar de lugar, mas porque fazemos o que habitualmente não temos oportunidade… e fazemo-lo sossegadamente.

Convém prepararmos bem esse tempo. Para que não seja tempo perdido. É preciso planear o que se quer fazer, a que nos queremos dedicar nas férias. E esse plano pode e deve ser decidido com Deus, para que Deus não seja esquecido nas nossas férias. Deus deu-nos o exemplo: Descansou ao sétimo dia da criação. Mas no sétimo dia não se esqueceu de nós. Pelo contrário convidou-nos a descansar com Ele no louvor da oração.

Estas férias podem ser um tempo especial de oração…


AO FALAR DE TI...

Senhor,
Eu quero ouvir a Tua voz
Fazer florescer e frutificar a Tua Palavra,
Reconhecer-te, descobrir-te,
Em cada gesto,
Em cada palavra,
Em cada momento,
Em cada esquina da minha vida…

Perdoa o meu silêncio,
A minha falta de resposta…

Eu sei, Senhor,
Que tu conheces como ninguém
O meu coração fraco, débil,
Que a cada passo
Se deixa tentar pelo mal
Para depois se afogar em lágrimas de dor e desespero,

Eu sei também que a Tua mão
Está sempre estendida,
Pronta para me resgatar…
Vens ao meu encontro.

Perdoa, Senhor a minha cegueira,
Apura os meus sentidos e o meu coração
Para que sinta fome e sede de Ti
E Te possa sentir em tudo e todos…

Não permitas que o meu coração endureça,
Atrofie, se torne árido e seco,
Tendo a fonte tão perto de mim.
Não deixes que eu perca o brilho do olhar,
Ao falar de Ti.