domingo, outubro 28, 2007
segunda-feira, outubro 22, 2007
sábado, outubro 13, 2007
catequese e escola. Semelhanças e diferenças.
É natural que muitas das decisões que tomamos na maneira de fazer catequese sejam muito influenciadas pela experiência que tivemos na escola. Mas talvez valha a pena pensar um pouco e ver as diferenças.
1 - Quem vai à escola? Quem vai à catequese?
A escola é (deveria de ser) universal. Qualquer pessoa deveria frequentar a escola. A escola é para todos.
Com a catequese é diferente. A catequese é para quem tem fé e quer ser um cristão a sério. É para quem se converteu e quer viver toda a sua vida como seguimento de Jesus. A Igreja tenta (ou deveria tentar) anunciar o Evangelho a todos. Sem excepção. Mas desses "todos" só alguns se querem comprometer com o grupo dos discípulos de Jesus. A catequese é para esses.
2 - Em que idades?
A escola é para gente nova. A catequese é para gente de todas as idades.
Olhando para o panorama real da nossa paróquia e de todas as outras vemos que praticamente todos os catequizandos andam na escola. Mas deveríamos ter a capacidade de ter catequese para as pessoas de qualquer idade.
Isto não significa que a catequese devesse durar dos 6 aos 70 anos. Não. A catequese tem uma duração limitada no tempo. Mas as pessoas de 70 anos deveriam ter a possibilidade real de fazer uma catequese conveniente para serem seguidores de Jesus, mais convictos e comprometidos.
3 - Calendários
A escola começa em Setembro e vai até Junho. Tem férias no Natal, na Páscoa e no verão. E a catequese... Também. Está mal!
Este é um exemplo claro de como a catequese foi atrás da escola.
Andamos a fazer campanhas de sensibilização durante os tempos fortes do Advento e da Quaresma, mas no Natal e na Páscoa não há catequese. Não é muito lógico, pois não?
Já reparaste que na nossa paróquia, como em muitas outras se deixa da fazer a "Missa com crianças" durante o verão? Claro que criticamos as crianças (e os seus pais) por não iram à missa no Verão. Mas do lado da paróquia somos os primeiros a transmitir que o Verão é um tempo de férias para a fé.
4 - Avaliação
Na escola há avaliação. Na catequese não.
Em qualquer caminho educativo (escola ou catequese) há uma meta a atingir. E é importante sabermos se estamos a caminhar na direcção correcta. Para podermos melhorar. É isso a avaliação.
Não me interessa aqui discutir se as avaliações concretas que se fazem na escola servem para alguma coisa. Interessa-me mais a catequese.
E acho estranho que não haja avaliação na catequese. Como sabemos se um catequizando atingiu os objectivos propostos? Como podemos decidir mudar algo para o ajudar se não fazemos ideia de qual o caminho que ele fez?
Não sei se valerá a pena ter "testes" na catequese. Mas ignorar (ou fingir ignorar) que muita da catequese que fazemos não leva os catequizandos a maior maturidade de fé, é grave. É uma falta de respeito à missão que recebemos da Igreja. É uma falta de respeito à pessoa do Catequizando.
Um grande abraço.
menorodrigues@gmail.com
domingo, outubro 07, 2007
sábado, outubro 06, 2007
O que significa SER Catequista, Hoje?
- Ser catequista implica uma vocação imbuída de fé que exige compromisso, fidelidade ao Evangelho, na luta pela perfeição, o mundo mais perfeito e o homem e o mundo mais perfeitos leva á salvação individual e humana
- Ser uma vocação para o compromisso, ter fé e formação, pôr em prática todas as possibilidades cristãs e evangélicas.
- São pessoas impregnadas do Evangelho, disponíveis, comprometidas e competentes, para fazer desabrochar nas crianças e adolescentes as capacidades já latentes mas escondidas e asfixiadas.
- Ter objectivo de Evangelizar crianças, adolescentes, pais e a própria paróquia. Não estar preso ao catecismo e ir ao encontro das crianças e adolescentes para os evangelizar. Ligação da criança/adolescente com Deus através do testemunho.
- Ajudar através do conhecimento da Palavra. Catecismo, amor, família, educação, trabalho e dor. Fazer descobrir a capacidade cristã de cada criança e adolescente.
- Ser catequista ou tentar ser catequista.
É uma luta contra o que a sociedade impõe, o contexto social politico e cultural que nos rodeia.
Adaptar às mudanças é consciencializar, transmitir o que somos e em
Que acreditamos.
- Precisa de formação, fé e pôr em prática aquilo que ensina.
Precisa conhecer a sociedade para a transformar.
Ser catequista à imagem do Mestre
Qualidades:
Chamado por Deus
Seguidor de Cristo
Participante da missão de Cristo e da Igreja.
- Autoridade
- Respeito pelo Mestre
- Atento e aberto à voz do Espírito Santo
Um irmão entre irmãos
- Experimentado
- Movido pelo amor de Deus
- Respeitador dos ritmos de cada irmão
- Caminha com os irmãos
Discípulo de Cristo
Torna presente a Cristo:
- Pela palavra
- Pelo testemunho da própria vida
§ - Celebração da Eucaristia
. Encontro com Deus
. Encontro com os irmãos
- Oração pessoal
- Estudo da Boa Nova
A meta do catequista
Dar a conhecer Cristo, mais do que dar-se a conhecer
Imitar João Baptista
o Austeridade
o Desprendimento
o Pobreza
o Anuncio corajoso
Imitar Maria
o Reconhecer a grandeza de Deus
o Aceitar fazer a sua vontade
o Fidelidade
o Humildade e pobreza que tornam possíveis a resposta de fé a Deus
o Pobre porque o que dá não é exclusivamente seu
o Humildade porque reconhece que na sua obra é Deus que age.
sexta-feira, outubro 05, 2007
Saber dar razões da nossa esperança
Sabemos que a catequese não é transmissão de conteúdos, ideias e noções desligadas da vida. É, antes, descoberta e experimentação de todos os aspectos da vida cristã.
Mas, por vezes, damo-nos conta de situações que entristecem:
catequistas sempre prontos a ser críticos e preconceituosos diante do Magistério ou do nosso património de fé e totalmente acríticos diante da ideologia "morangos com açúcar";
catequistas que "confundem" ressurreição com reincarnação;
catequistas que reduzem o diálogo com a cultura de hoje a um progressivo "descafeinar" a força provocadora do Evangelho;
catequeses que se tornem num ATL incapaz de lançar desafios de vida nova...
A solução não passa, obviamente, por regressar à catequese de "antigamente", repetindo. sem significados na vida, as mesmas fórmulas...
Acredito muito na formação dos catequistas. E uma boa formação doutrinal para os catequistas é fundamental. Não é tudo, mas é muito importante.
E mais que lamentar as falhas alheias (ou as nossas)
alegremo-nos com as iniciativas positivas que tentam elevar o nível da nossa igreja.
Um abraço para todos!
Arménio Rodrigues