quinta-feira, janeiro 28, 2016

Chamamento


Chamamento

O chamamento é sempre uma iniciativa de Deus, o qual vem ao encontro do homem e chama-o pelo nome. Ao homem é pedido que se coloque numa atitude de total disponibilidade para escutar a voz e os desafios de Deus.
A história da vocação de André e do outro discípulo (despertos por João Baptista para a presença do Messias) mostra, ainda, a importância do papel dos irmãos da nossa comunidade na nossa própria descoberta de Jesus. A comunidade ajuda-nos a tomar consciência desse Jesus que passa e aponta-nos o caminho do seguimento. Os desafios de Deus ecoam, tantas vezes, na nossa vida através dos irmãos que nos rodeiam, das suas indicações, da partilha que eles fazem connosco e que dispõe o nosso coração para reconhecer Jesus e para O seguir. É na escuta dos nossos irmãos que encontramos, tantas vezes, as propostas que o próprio Deus nos apresenta.
O encontro com Jesus nunca é um caminho fechado, pessoal e sem consequências comunitárias… Mas é um caminho que tem de me levar ao encontro dos irmãos e que deve tornar-se, em qualquer tempo e em qualquer circunstância, anúncio e testemunho. Quem experimenta a vida e a liberdade que Cristo oferece, não pode calar essa descoberta; mas deve sentir a necessidade de a partilhar com os outros, a fim de que também eles possam encontrar o verdadeiro sentido para a sua existência. “Encontrámos o Messias” deve ser o anúncio jubiloso de quem fez uma verdadeira experiência de vida nova e verdadeira e anseia por levar os irmãos a uma descoberta semelhante.

João Baptista nunca procurou apontar os holofotes para a sua própria pessoa e criar um grupo de adeptos ou seguidores que satisfizessem a sua vaidade ou a sua ânsia de protagonismo… A sua preocupação foi apenas preparar o coração dos seus concidadãos para acolher Jesus. Depois, retirou-se discretamente para a sombra, deixando que os projectos de Deus seguissem o seu curso. Ele ensina-nos a nunca nos tornarmos protagonistas ou a atrair sobre nós as atenções; ele ensina-nos a sermos testemunhas de Jesus, não de nós próprios.



segunda-feira, janeiro 25, 2016

Meu caminho, minha oração.



Num tempo em que a vida corre demasiado veloz, cheia de mil coisas e preocupações, é fácil prescindimos da escuta da Palavra de Deus, que o mesmo é dizer, do tempo de oração. Para que isto possa acontecer e se torne uma experiência que toca a vida é necessário criar e cuidar um ambiente que favoreça o silêncio, a intimidade, a escuta...

As notícias que invadem o nosso dia-a-dia estão cheias de pessimismo sensacionalista. Deixo que esta interrogação faça eco em mim: estou apto/a a descobrir os sinais da vida eterna que pulsa no coração da humanidade ou vivo na sombra de um sol sem esperança? O que posso concretamente fazer para que a vida em abundância chegue a quem duvida, dela carece ou a ignora? Envio uma mensagem ou um sms a alguém como partilha de algo belo e divino que descubro ou experimento.

O que significa hoje alimentar-se de Jesus? É seguir os seus passos, aprofundar a sua vida e segui-l'O no sim a Deus e no amor aos irmãos, entrar em profunda adesão de coração com Cristo Senhor, até ao ponto de experimentarmos o que S. Paulo nos comunica: “Já não sou eu que vivo, é Cristo que vive em mim” (Gal 2,20). Quando alguém acolhe Jesus como o pão que desceu do céu, torna-se um Homem Novo.

O maná a que Jesus se refere pode representar hoje aquelas propostas de vida que, tantas vezes, nos atraem pelos aplausos recebidos no palco do mundo, pelo poder e fama que a moda ou a opinião pública dominantes nos oferecem, pela ilusão de uma felicidade fácil adquirida em cada fragmento de tempo…Mas o momento passa e o sentimento de vazio ganha espaço na nossa vida quando nos alimentamos de experiências que não geram vida plena. É preciso aprender a não colocar a nossa esperança e a nossa segurança nesse “pão” demasiado leve. Pode parecer difícil treinarmo-nos nesta experiência de fé, mas não nos esqueçamos que é nesse espaço de fé que o mistério do Amor se revela como vida autêntica.

ORAÇÃO
 Rezo, medito e contemplo esta passagem de S. Paulo aos Efésios:

«É por isso que eu dobro os joelhos diante do Pai, do qual recebe o nome toda a família, nos céus e na terra: que Ele vos conceda, de acordo com a riqueza da sua glória, que sejais cheios de força, pelo seu Espírito, para que se robusteça em vós o homem interior; que Cristo, pela fé, habite nos vossos corações; que estejais enraizados e alicerçados no amor, para terdes a capacidade de apreender, com todos os santos, qual a largura, o comprimento, a altura e a profundidade... a capacidade de conhecer o amor de Cristo, que ultrapassa todo o conhecimento, para que sejais repletos, até receberdes toda a plenitude de Deus. Àquele que pode fazer imensamente mais do que pedimos ou imaginamos, de acordo com o poder que eficazmente exerce em nós, 21a Ele a glória, na Igreja e em Cristo Jesus, em todas as gerações, pelos séculos dos séculos! Ámen.» (Ef 3,14-21)

Vídeo - Meu caminho, minha oração.

domingo, janeiro 17, 2016

Eucaristia: Memorial da Morte e Ressurreição de Jesus Cristo


No sacramento do seu Corpo e Sangue, Jesus deixou-nos o memorial do seu sacrifício para que o celebrássemos em memória d’Ele, até que Ele venha no fim dos tempos. Por isso, sempre que celebramos a Eucaristia, proclamamos a morte do Senhor e renovamos a Aliança com Deus, que, na sua morte, Cristo selou em nosso favor.

A instituição da Eucaristia, aconteceu durante a última ceia pascal em que Jesus  celebrou com seus discípulos, e os quatro relatos coincidem no essencial, em todos eles a consagração do pão precede a do cálice; embora devamos lembrar, que na realidade histórica, a celebração da Eucaristia ( Fração do Pão ) começou na Igreja primitiva antes da redação dos Evangelhos

De facto é o Amor que faz do Cristo pão para nós. Assim, o Pão na Eucaristia passa a ser o Sacramento do Amor que na Cruz Ele dirigiu até ao fim. Portanto, ao comer esse Amor que se tornou Corpo no Pão Eucarístico, percebemos que o próprio Jesus é o Pão que sacia a nossa fome,  trazendo a certeza de que só conseguimos suportar a travessia dos desertos se segurarmos as mãos desse Amor que se oferece na Eucaristia em  cada missa celebrada. 
Felizes são os convidados para este Banquete!

Quero estar sempre conTigo, Jesus;
porque Tu me amas e eu quero amar-Te.
Quero trazer-Te sempre no meu coração
para ter a Tua força
e conseguir ser-Te fiel em tudo.
Necessito especialmente da Tua força
para viver com delicadeza e fortaleza
a virtude da santa pureza
que tanto Te agrada.
Dá-me a fortaleza dos mártires,
para ser valente perante a tentação impura,
para vencer as minhas más inclinações.
Antes morrer do que pecar.
Se Tu estás comigo, ser-Te-ei fiel.

Vídeo - Eucaristia