quarta-feira, janeiro 30, 2019

Mestre, ensina-nos a rezar!



Os discípulos, depois de verem Jesus em oração, pedem-lhe que os ensine a rezar (Lc 11, 1), porque vêem n´Ele um modelo de oração e de vida. O catequista que não reza, mais tarde ou mais cedo, renuncia à sua missão. Deus não é somente alguém de quem se fala. É, antes de mais, alguém a quem se fala familiarmente. Só podemos dar o que temos. Para transmitir fielmente a mensagem de Deus devemos "encher-nos de Deus". Ser uma pessoa com uma profunda vida interior, que reconhece o valor da oração e ama ardentemente estar com Aquele que se ama. Desta forma, também os catequizandos reconhecerão no catequista um modelo de oração a seguir. Um modelo que desperta para esse encontro único com Deus. com Jesus, a quem se ama. Um modelo que encaminha e cria a vontade do diálogo de intimidade e encontro com Deus. A oração do catequista, mais do que saltar à vista, mais do que referências de fórmulas, sente-se num respirar de profundidade e encontro com Deus, que nenhuma palavra é capaz de fazer transparecer, porque também o catequista aprende a descobrir a Deus na vida de todos os dias, reconhecendo-O no seu caminho de cada dia. E, porque o descobriu, não é capaz da fazer calar o entusiasmo desse encontro, a alegria de "estar com Ele".

Rezar,rezando
A oração do catequista não tem grandes segredos: é a oração de todo o cristão. Acrescida de uma finalidade orientada: a oração pelos próprios catequizandos. Teoria feita prática. Rezar, rezando pelos "seus", a fim de que vivam e sejam felizes com Cristo no horizonte da própria existência. Para que todos acreditam no seu acreditar. Para que o seu acreditar se enriqueça do seu orar. Porque a "Tua Palavra, Senhor, é farol para os meus passos".




terça-feira, janeiro 22, 2019

Vamos trabalhar na Vinha


Vamos trabalhar na Vinha!
Nós temos uma missão e Cristo espera que cumpramos o Seu mandamento de seguir em frente, levar o Evangelho a toda a criatura; se já desististe de tudo, volta depressa! Cristo chama-te, não o desapontes.
Pelo teu testemunho pessoas já se converteram ao Senhor, outros já olharam com outros olhos para as coisas de Deus, essa também é uma maneira de ser pescador de homens. O nosso tempo de agir é agora, o ontem é passado e damos glória a Deus pelo que fizemos, o amanhã é incerto, então temos o hoje; vive realmente o teu tempo.
No inicio da nossa caminhada evangelizamos como ninguém, mesmo ser ter pleno conhecimento do que estávamos fazendo; era por inspiração , com amor, ardor e muita garra. Hoje Deus chama de volta os Seus filhos que estão estagnados, outros afastaram-se. Conhecemos muitos que pegavam em redes connosco e arrastávamos muitos peixes, eram pessoas de oração, de testemunho e hoje estão afastados. Jesus chama-os de volta e nós devemos fazer a nossa parte, estendendo-lhes a mão, encorajando-os a voltarem; muitos estão esperando apenas esse pequeno sinal para voltarem.
Por mil motivos, muitos deles voltaram para o lamaçal da vida, mas estão marcados! São do Senhor. São apóstolos. São pescadores de homens. É preciso buscá-los, repescá-los sem medo. A seara é grande, por isso será necessário reunir uma grande equipa. Teremos que reunir os operários antigos e os veteranos com os novatos e inexperientes, partir juntos, porque é necessário pescar almas em quantidade!
São novos tempos. O senhor convoca a todos. É preciso reunir os operários da primeira hora. O desafio é imenso. O próprio Senhor convoca os apóstolos de um novo tempo. Deus nos convida a sermos homens e mulheres conduzidos pelo Espírito Santo.

O meu compromisso...

Senhor Deus, dou-Te graças pela dádiva de vida que me chamas a ser. Ser dom para os outros, à semelhança do dom que és para nós!
Conduz-me neste caminho, para que saiba ser sinal da Tua presença junto das crianças e adolescentes.
Fortalece-me no compromisso de vida cristã, tranquilizando-me nos momentos de emoção e amparando-me nas desilusões.
Quero dar tempo e oportunidade a um aprofundamento da Oração, da Eucaristia e da Reconciliação, deixando-me encontrar por Ti e, assim, encontrando-me.
Uma coisa Te quero pedir... Faz-me Catequista!

Vídeo: CHAMAMENTO



Abraço!!
Arménio Rodrigues

domingo, janeiro 13, 2019

Batismo do Senhor


Batismo do Senhor
Jesus é o Messias esperado. Em Mateus, o Batismo de Jesus inaugura a sua vida pública. João anuncia a presença de alguém maior, mais forte, proveniente de Deus, portador do Espírito Santo, capaz de renovar a vida de quantos hão-de ver a luz de Deus. João fala da presença entre nós do “Filho muito amado” de Deus, a quem todos devemos escutar. Num tempo como o nosso, feito de mil coisas, mil distâncias, mil destinos, percebemos como é tempo de escutar a Deus que está no meio de nós.

No episódio do Batismo, Jesus aparece como o Filho amado, que o Pai enviou ao encontro dos homens para os libertar e para os inserir numa dinâmica de comunhão e de vida nova. Nessa cena revela-se, portanto, a preocupação de Deus e o imenso amor que Ele nos dedica... É bonita esta história de um Deus que envia o próprio Filho ao mundo, que pede a esse Filho que Se solidarize com as dores e limitações dos homens e que, através da acção do Filho, reconcilia os homens consigo e fá-los chegar à vida em plenitude. Aquilo que nos é pedido é que correspondamos ao amor do Pai, acolhendo a Sua oferta de salvação e seguindo Jesus no amor, na entrega, no dom da vida. Ora, no dia do nosso batismo, comprometemo-nos com esse projeto... Temos, depois disso, renovado diariamente o nosso compromisso e percorrido, com coerência, esse caminho que Jesus veio propor-nos?

A celebração do batismo do Senhor leva.nos até um Jesus que assume plenamente a sua condição de "Filho" e que se faz obediente ao Pai, cumprindo integralmente o projeto do Pai de dar vida ao homem. É esta mesma atitude de obediência radical, de entrega incondicional, de confiança absoluta que eu assumo na minha relação com Deus? O projeto de Deus é, para mim, mais importante de que os meus projectos pessoais ou do que os desafios que o mundo me faz?


Quando saía da água, viu serem rasgados os céus e o Espírito descer sobre Ele como uma pomba. E do céu veio uma voz...
No batismo de Jesus não só ele se solidariza connosco, como também os restantes da Santíssima Trindade, o Pai e o Espírito, se solidarizam com ele. O Espírito Santo desce sobre Jesus e o Pai faz ouvir a sua voz. O batismo torna-se assim um acontecimento da Santíssima Trindade.
Por ser batizado/a, sou habitado/a pela Santíssima Trindade. Isto significa que o Pai e o Filho e o Espírito Santo estão dentro de mim. Com Eles posso lançar-me confiadamente na aventura do dia-a-dia. Estou disposto a arriscar e a deixar que Eles se manifestem através de mim?

Oração simples à Santíssima Trindade Pai e Filho e Espírito Santo;

Santíssima Trindade acompanhai-me toda a vida, dai-me sempre guarida, tende de mim piedade.
Pai Eterno, ajudai-me.
Verbo de Deus, abençoai-me.
Espírito Santo, alcançai-me proteção, honra e virtude.
Nunca a soberba me ataque e sempre busque o bem, com a Santíssima Trindade para sempre.
Ámen.


No corre-corre do dia-a-dia, nem sempre me lembro que dentro de mim, comigo, mora a Santíssima Trindade. Hoje, mais consciente, vou deixar-me acompanhar e sentir-me acompanhado por esta presença misteriosa e divina.




Arménio Rodrigues

quarta-feira, janeiro 02, 2019

Estou Aqui!


Na história da Igreja mais recente conhecemos a vida e o chamamento de muitos cristãos e a sua missão e serviço na comunidade cristã. Como descobriram eles esse chamamento?
Quase sempre a partir de uma dupla experiência ou, talvez melhor, através de uma experiência com dois sentidos, com duas faces:- o encontro com Deus e o encontro com os mais pobres ou com as necessidades da Igreja e dos homens. São cristãos que não passaram ao lado das angústias e aflições dos outros, mas se tornaram "bons samaritanos", instrumentos e sinais do Amor e da misericórdia de Deus. Hoje, como no tempo de Moisés, Deus continua a escutar os gritos de aflição e sofrimento do Seu Povo, de todos os homens; continua a chamar os cristãos, pessoalmente ou através de grupos, associações, ordens religiosas; e continua a enviá-los. Poderia citar muitos testemunhos: S. Vicente de Paulo e os pobres do seu tempo; S João de Deus e os pobres e doentes; S. João Bosco e os jovens abandonados; Madre Teresa e os moribundos de Calcutá; missionários e missionárias com a sua ânsia e inquietude pelo anúncio da Boa Nova a tanta gente e tantos povos a quem ela ainda não chegou; cristãos das nossas paróquias face às necessidades urgentes e gritantes das pessoas, que levam ao empenhamento em gestos e acções de solidariedade, procurando melhores condições de vida para todos. E poderia continuar a evocar muitos outos testemunhos...
Mas... e nós, catequistas? Porque somos catequistas? Como fomos chamados para esta missão? Como nos sentimos interpelados?
Fomos nós que nos julgámos os melhores catequistas do mundo? Fomos nós que nos auto-propusemos? Foi por dinheiro, glória, honras ou prestigio? Certamente que não! Soubemos pelo nosso Pároco ou por outra pessoa da comunidade que faltavam pessoas para serem catequistas, que havia ainda crianças que não tinham quem lhes anunciasse a Palavra de Deus. Ou fomos chamados directamente pelo Pároco que veio ter connosco. Aí está: uma necessidade da comunidade que nos sensibiliza e inquieta, que nos "toca" e á qual não somos capazes de ficar indiferentes; por isso respondemos positivamente. Uma necessidade que cria, que gera a vocação e o CHAMAMENTO!

Vídeo - Estou Aqui