sexta-feira, novembro 28, 2008

Uma Nova Vida!

Uma nova Vida


(Vídeo Com Som)

Uma Nova Vida

Queres ter... uma vida plena?
Uma vida autêntica?
Uma nova vida?
Então é necessário um encontro com Cristo Jesus! Deus é um pai que te ama de uma forma infinita... incondicional!
Ele Disse:
"Amo-te com amor eterno." (Jo 31, 3)
Desejas uma vida plena? O que te impede de fazeres uma experiência de amor com Deus? O pecado separa-nos de Deus!
"Todos pecaram e ficaram longe de Deus". (Rom 3, 23)
O pecado provoca um muro entre ti e os outros...entre ti e Deus. Constantemente tomamos o caminho errado...andamos desorientados...confusos e ocupados com coisas vulgares. Somos incapazes de amar e de servir, não temos tempo...
A sociedade é corrupta, egoísta, violenta, injusta.
O homem anda muito distraído com:
Grandes ilusões...consumismo exagerado...álcool...drogas...os ídolos...esquecendo a imagem do verdadeiro Deus!
Senhor o meu coração anda inquieto, ajuda-me, vem ter comigo!
"Senhor, sois meu refugio, minha força para permanecer firme neste mundo, livre de todas as tentações." (Santo Agostinho)

A Boa Notícia!

A Salvação vem com Jesus, com a Sua Morte e Ressurreição... salvação de tudo o quanto te oprime... e ilude... salvação de todas as situações que te fazem perder a identidade...
Na Bíblia podemos ler:
"Nele havia vida e a vida era a luz dos homens. A luz resplandeceu nas trevas e as trevas não a compreenderam." (Jo 1 - 4,9)
Provoca um encontro pessoal com Jesus Ressuscitado...
O Senhor disse:
"Eis que estou à porta e bato: se alguém ouvir a minha voz e me abrir a porta, entrarei em sua casa e cearemos, eu com ele e ele comigo." (Ap 3, 20)
A conversão é um retorno a Deus... é a mudança no coração e na vida!
Para voltarmos para Deus é necessário:
Acolher a Sua luz e acolher a Sua Palavra! Renunciar a Satanás e a todas as suas obras...
O pecado é um "NÃO" a Deus e um afastamento ao seu amor e projecto!
O Senhor diz:
"Se reconhecemos os nossos pecados, (Deus aí está) fiel e justo para nos perdoar os pecados e para nos purificar de toda a iniquidade." (Jo 1, 9)
Reconhece o teu pecado... volta para Deus e receberás o Seu perdão!



Arménio Rodrigues.
menorodrigues@gmail.com

domingo, novembro 09, 2008

Ser Catequista - Uma Vocação


Ser Catequista -- Uma Vocação
Um dia quis saber mais da vida de Jesus e por isso li, estudei e gostei, mas só isso não me chegava. Eu não podia apenas receber esses conhecimentos, exemplos de caridade, amor, perdão e de entrega, porque eu não estava satisfeito com o que recebia. O que recebia era bom mas, faltava-me alguma coisa mais, a vivência, a partilha, o DAR...
Percebi então que tinha que dar o que recebia, para assim conseguir aprofundar mais o que sabia e sentia de modo mais verdadeiro, mais puro. Uma das maneiras que encontrei para dar o que recebia, foi a catequese.
A missão que me foi confiada, não é fácil e a responsabilidade é muita mas ao ver a alegria de uma criança na descoberta de Jesus Cristo, do amor que Ele tem por todos nós e que deu a Sua vida por tanto nos amar. Vale a pena a entrega que se tem que fazer para se ser catequista. Ser catequista não é chegar á sala de catequese e "despejar" a sessão. É vivê-la em conjunto com as crianças, tendo em atenção a realidade desse grupo. È saber ser criança e explicar o que elas não sabem, é matar a sua sede de aprender, de saber mais. È mostrar o Rosto amigo que eu descobri e que elas estão a começar a descobrir, a conhecer. È ser exemplo, é ser fiel sem se destacar, é ser-se verdadeiro e amar.
Nem sempre é fácil deixar ouvir a voz do nosso coração, a voz tenta falar dentro de nós, que nos pede para fazermos algo que envolve sacrifício entrega, dedicação. Mas quando fazemos o que escutámos ao nosso coração, sentimos uma enorme alegria, alívio e uma satisfação imensa. È algo que sinto, mas que não consigo explicar por palavras, mas que é muito bom. È talvez uma sensação de plenitude...
Muitas vezes ir dar catequese implica deixar de fazer uma coisa mais cómoda, ter que antecipadamente preparar o que se diz, o que se faz, de que maneira se vai fazer e falar, implica tempo, dedicação e gosto, sobretudo muito gosto e vontade de dar o que aprendi e recebi.
Ser catequista é uma missão que me foi confiada e que eu aceitei, mas sei que tenho essa missão a cumprir porque fiz silêncio e deixei que Alguém me falasse ao mais profundo do meu ser. Muitas vezes me pergunto "Será que é isto que Deus quer de mim? Ou será que quer muito mais e eu não sou capaz de o dar? Será esta tarefa que Deus me confiou esta missão, não me abandonará e quando eu não souber o que vou fazer, Deus estará junto de mim para me iluminar no modo de agir.
Sei que não me abandonará e por isso continuo esta missão. Até porque ser catequista não é apenas uma ou duas horas por semana. È uma vida inteira dedicada a viver a mensagem do amor de Cristo nos vários locais, nos vários momentos da minha vida, do meu dia. No trabalho, na escola, em família, há que ser catequista, e sobretudo é preciso ser humilde porque não sei tudo e tenho que aprender mais para crescer, na fé, no amor e na capacidade de dar. Sempre mais eu quer da e vou dar com a minha vivência, o que recebo do Pai.

Abraço fraterno!
Arménio Rodrigues


Aprender a Missão com S. Paulo

A actividade missionária de Paulo não se reduziu às 3 viagens descritas nos Actos dos Apóstolos. Na sua Carta aos Gálatas, Paulo conta como, a seguir à sua vocação a caminho de Damasco, partiu para a Arábia, onde esteve cerca de 2 anos, regressando depois a Damasco. Mas, em ambos os lugares, o êxito falhou: fugiu da Arábia e até em Damasco o perseguiram.
Estas tribulações foram as primeiras de uma série inumerável, sendo a descrição mais completa a que aparece em 2Cor 11,16-33, que é conhecida como o discurso dos loucos, pois é o próprio Apóstolo que assim o classifica: uma loucura.
A loucura ou insensatez de que Paulo fala manifesta-se no próprio motivo que o leva a escrever: para a comunidade que o rejeita e o volte a aceitar, tendo que fazer o mesmo jogo daqueles que dela o afastaram. São missionários cristãos a quem Paulo, com um certo sarcasmo, chama super apóstolos, talvez por se apresentarem com sinais, prodígios, milagres, sinais distintivos do que para eles seria o verdadeiro Apóstolo. Mas, com isso, para Paulo, esses missionários estão a gloriar-se segundo a carne, centrados em si próprios, escravos do seu egoísmo. Uma loucura, porque quem se gloria deve gloriar-se no Senhor.
Este egocentrismo pode mesmo levar à escravização e exploração dos outros e é disso que Paulo acusa os concorrentes no seu relacionamento com os cristãos de Corinto. Estes, apesar de se terem por espertos, aceitam-nos, o que é uma verdadeira loucura, mas que Paulo tem de assumir para se poder confrontar com esses sedutores, já que a comunidade e o Evangelho são-lhe muito preciosos.
Os adversários assentam a sua legitimidade apostólica na origem judaica e na condição de diáconos de Cristo. Paulo iguala a primeira condição e ultrapassa-os na segunda. Vejamos o significado do termo diácono: era um título originariamente dado a quem recebia a missão de fazer a ligação entre 2 ou mais pessoas - a pessoa que o convida e envia e aquelas a quem é enviado. O mesmo acontecia com S. Paulo. Fundamental era uma total sujeição, sobretudo à pessoa que envia, de tal modo que esta se torna presente e actuante no seu diácono ou apóstolo. No caso presente é Cristo. Mas que Cristo? Para os adversários de Paulo era um Messias glorioso, antes de ter sido morto, o que para Paulo é uma visão parcial: para a glória que alcançou, Cristo teve de passar pela fraqueza e ignomínia da cruz. O Ressuscitado é o Crucificado que na morte nos amou e se entregou por nós. Os sinais do verdadeiro diácono de Cristo são, pois, uma série de acontecimentos e situações de fraqueza e debilidade, lutas e privações.
Um ano a caminhar com São Paulo: "Pedro retirava-se e separava-se, com medo..."
Com o acordo sobre a circuncisão, alcançado na reunião apostólica de Jerusalém, ficou resolvida a questão da unidade entre as diferentes comunidades cristãs. Mas outro problema surgiu devido ao mesmo acordo: a unidade no interior das comunidades, entre os cristãos de origem judaica e os de origem pagã, não circuncidados. Deviam ou não respeitar as normas judaicas, sobretudo as de carácter ritual? Novamente surgiu a questão em Antioquia, gerando um conflito que dividiu a comunidade e as figuras de topo: Paulo e Pedro.
O incidente só é contado por Paulo em Gl 2,11-14, logo a seguir à exposição da reunião apostólica de Jerusalém, o que mostra a ligação entre os dois acontecimentos.
O incidente decorreu em 3 fases:
• até à chegada das pessoas da parte de Tiago. Até então, Pedro (ou Cefas, em aramaico) tomava parte nas refeições comunitárias, com cristãos oriundos do Judaísmo e do Paganismo, talvez remontando este hábito à fundação da comunidade e confirmado, indirectamente, pela decisão da reunião apostólica de Jerusalém. Essas refeições incluíam a celebração da Eucaristia. A comunidade, fundada cerca de 15 anos antes, numa cidade de grandes dimensões (a 3ª maior do mundo de então), devia ter um número alto de membros e celebrar-se-ia em várias casas. De vez em quando, toda a comunidade se juntava para celebrações da Palavra, catequese, etc. Terá sido numa dessas assembleias gerais que se deu a intervenção de Paulo, referida mais à frente.
• a mudança, após a chegada de pessoas da parte de Tiago (o irmão do Senhor, Gl 1,19), que estava à frente da comunidade de Jerusalém, desde que Pedro a deixara. Também ele concordara com a decisão apostólica de libertar da circuncisão os cristãos convertidos ao paganismo. A razão que o levou, através de delegados, a intervir em Antioquia era que para ele, os judeo-cristãos continuavam judeus e, como tal, deviam cumprir as normas judaicas sobre a alimentação: entre elas, a proibição de tomar refeições com não-judeus, caso contrário, contrairiam a impureza ritual, que os impedia de tomar parte noutros actos de culto. Tratava-se de salvaguardar a identidade do Cristianismo, na sua ligação histórica ao Judaísmo, respeitando as linhas que o separavam do paganismo. Assim faziam os cristãos de Jerusalém e Pedro também o devia fazer, sobretudo devido ao seu lugar na Igreja e ao facto de , segundo o acordo apostólico de Jerusalém, o seu campo de missão serem os cricuncisos. A isso juntava-se o medo dos partidários da circuncisão, talvez os judeus de Jerusalém que, com as suas autoridades, perseguiam os cristãos (1Ts 2,14) e vão mesmo matar Tiago, no ano 62. Daí Pedro ter cedido, bem como os restantes judeo-cristãos, incluindo Barnabé, companheiro missionário de Paulo. Assim, a comunidade ficou dividida, precisamente naquilo que mais a devia unir: a Eucaristia. Daí Paulo ter reagido tão duramente.
• a reacção de Paulo está expressa nas palavras que, em assembleia plenária, dirigiu a Pedro: ao retirar-se e separar-se das celebrações eucarísticas com cristãos não judeus, Pedro estava, na prática, a obrigá-los a submeterem-se às normas das quais o Evangelho os libertara.
Paulo não deve ter convencido a comunidade, senão di-lo-ia. Provavelmente, a cisão tornou-se insustentável, sobretudo por incidir sobre a Eucaristia, o sacramento por excelência da unidade. Daí as decisões adoptadas pelos cristãos não judeus (Act 15,29) na reunião apostólica de Jerusalém: abster-se dos ídolos (de refeições culturais pagãs e de carnes de animais nelas abatidos), do consumo de sangue, dos sufocados (carnes não sangradas) e da fornicação (casamentos entre familiares). Eram os preceitos de Noé (com base em Gn 9,4), considerados válidos para todos e impostas aos estrangeiros residentes na Palestina, para aí poderem conviver com os judeus.
Quanto a Paulo, separado de Pedro e Barnabé, pelo menos temporariamente (1Cor 9,5), partiu com Silas para uma maior expansão do Evangelho entre os gentios. Há males que vêm por bem...
Para Pensar:
Para nós catequistas, Paulo é um paradigma do evangelizador que se encontrou com Cristo e se apaixonou pelo Reino! Reino que é a presença transformante do Espírito que move as profundidades do humano para o aproximar do Pai. Reino que já se encontra na vida e nas mãos de nós catequistas!
Arménio Rodrigues