domingo, novembro 09, 2008

Ser Catequista - Uma Vocação


Ser Catequista -- Uma Vocação
Um dia quis saber mais da vida de Jesus e por isso li, estudei e gostei, mas só isso não me chegava. Eu não podia apenas receber esses conhecimentos, exemplos de caridade, amor, perdão e de entrega, porque eu não estava satisfeito com o que recebia. O que recebia era bom mas, faltava-me alguma coisa mais, a vivência, a partilha, o DAR...
Percebi então que tinha que dar o que recebia, para assim conseguir aprofundar mais o que sabia e sentia de modo mais verdadeiro, mais puro. Uma das maneiras que encontrei para dar o que recebia, foi a catequese.
A missão que me foi confiada, não é fácil e a responsabilidade é muita mas ao ver a alegria de uma criança na descoberta de Jesus Cristo, do amor que Ele tem por todos nós e que deu a Sua vida por tanto nos amar. Vale a pena a entrega que se tem que fazer para se ser catequista. Ser catequista não é chegar á sala de catequese e "despejar" a sessão. É vivê-la em conjunto com as crianças, tendo em atenção a realidade desse grupo. È saber ser criança e explicar o que elas não sabem, é matar a sua sede de aprender, de saber mais. È mostrar o Rosto amigo que eu descobri e que elas estão a começar a descobrir, a conhecer. È ser exemplo, é ser fiel sem se destacar, é ser-se verdadeiro e amar.
Nem sempre é fácil deixar ouvir a voz do nosso coração, a voz tenta falar dentro de nós, que nos pede para fazermos algo que envolve sacrifício entrega, dedicação. Mas quando fazemos o que escutámos ao nosso coração, sentimos uma enorme alegria, alívio e uma satisfação imensa. È algo que sinto, mas que não consigo explicar por palavras, mas que é muito bom. È talvez uma sensação de plenitude...
Muitas vezes ir dar catequese implica deixar de fazer uma coisa mais cómoda, ter que antecipadamente preparar o que se diz, o que se faz, de que maneira se vai fazer e falar, implica tempo, dedicação e gosto, sobretudo muito gosto e vontade de dar o que aprendi e recebi.
Ser catequista é uma missão que me foi confiada e que eu aceitei, mas sei que tenho essa missão a cumprir porque fiz silêncio e deixei que Alguém me falasse ao mais profundo do meu ser. Muitas vezes me pergunto "Será que é isto que Deus quer de mim? Ou será que quer muito mais e eu não sou capaz de o dar? Será esta tarefa que Deus me confiou esta missão, não me abandonará e quando eu não souber o que vou fazer, Deus estará junto de mim para me iluminar no modo de agir.
Sei que não me abandonará e por isso continuo esta missão. Até porque ser catequista não é apenas uma ou duas horas por semana. È uma vida inteira dedicada a viver a mensagem do amor de Cristo nos vários locais, nos vários momentos da minha vida, do meu dia. No trabalho, na escola, em família, há que ser catequista, e sobretudo é preciso ser humilde porque não sei tudo e tenho que aprender mais para crescer, na fé, no amor e na capacidade de dar. Sempre mais eu quer da e vou dar com a minha vivência, o que recebo do Pai.

Abraço fraterno!
Arménio Rodrigues

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