terça-feira, dezembro 24, 2013

Feliz Natal 2013




Nascer de novo

É o Natal de Jesus. Desse Jesus a quem anunciamos em cada catequese. Vamos todos a Belém, onde o Messias haveria de nascer. Vamos à Belém das nossas vidas. Corramos a adorar o Menino. Vamos: não vale a pena ir sós. Precisamos de ser todos a ir. Todos nós. Para nascer de novo. Natal de Jesus: Nem pais-natal, nem luzes, nem brinquedos, nem consoadas, nem quase nada... Foi feito de muito pouco esse primeiro "natal". Uma gruta, um estábulo, ou um curral. Uma manjedoura e uns poucos de panos para envolver o Menino. Poucas coisas, muitos afectos! Ternuras mil! Afinal, é um Menino que nasce! Um Menino que é a nossa salvação. Deus connosco. "Emmanuel". Anunciado pelas estrelas e em mil vozes de anjos num "Glória in excelsis Deo" impetuoso que desperta pastores e pessoas simples.

Passou o tempo e hoje é tempo de anunciarmos: "Feliz Natal!" - Eis que chega o "Deus connosco"! É feliz a nossa dita porque em nós fazemos "Natal", nascimento, chegada. A promessa de tantos tempos esperada, torna-se feliz nascimento, feliz esperança. Simplesmente porque Deus vem de novo habitar no meio de nós. É, então, um momento de anúncio particular e único. Um momento de missão. Um momento de festa e de partilha. Um momento de paz. Um momento de Deus!

O Natal é o dia da alegria. Uma alegria que nasce da beleza de Deus.
O Natal é o ensaio daquele mundo de sonho que todos esperamos, no qual a nossa sede e a nossa fome serão saciadas plenamente.
Que este Natal nos ajude a aproximar mais de todos os que connosco convivem!
Desejo a todos um SANTO E FELIZ NATAL!!



sábado, dezembro 21, 2013

Maria e o Anjo



Evangelho segundo S. Mateus, 1 18-24
O nascimento de Jesus Cristo foi assim: Maria, sua mãe, estava desposada com José; antes de coabitarem notou-se que tinha concebido pelo poder do Espírito Santo. José seu esposo, que era um homem justo e não queria difamá-la, resolveu deixá-la secretamente. Andando ele a pensar nisto, eis que o Anjo do Senhor lhe apareceu em sonhos e lhe disse. "José, filho de David, não temas receber Maria, tua esposa, pois o que ela concebeu é obra do Espírito Santo. Ela dará à luz um filho ao qual porás o nome de Jesus, porque Ele salvará o povo dos seus pecados." Tudo isto aconteceu para se cumprir o que o Senhor tinha dito pelo profeta: "Eis que a virgem conceberá e dará à luz um filho; e hão-de chamá-lo Emanuel, quer dizer: Deus connosco". Despertando do sono, José fez como ordenou o anjo do Senhor, e recebeu sua esposa.

Luzes Do Evangelho

Antigamente, o nome que se dava a uma criança era já como um "programa de vida". Designava um acontecimento que os pais desejavam ver realizado nos filhos. Para os crentes, muitas vezes, esse nome recordava a história do povo de Deus.
Assim, o nome de Jesus quer dizer "Deus salva". Mas não foi José que o escolheu sozinho; este nome vem de uma longa esperança: um povo inteiro esperava um "Messias", um "Salvador". Ao pronunciá-lo estamos a dizer: "Sim, Deus salva; nós precisamos dEle!"
Nos evangelhos nós vemos Jesus curar e salvar muitas pessoas! Mas é depois da Sua morte e ressurreição que os discípulos vão entender. Jesus vai revelar-lhes que nem a própria morte conseguirá impedir o seu caminho, que ela não pode travar o projecto do amor que Deus tem pela humanidade. É, portanto, à luz da Páscoa que se entende a Boa Nova do NATAL!
Então nós não vamos festejar os anos de uma criança nascida em Belám há cerca de 2000 anos, mas celebramos a presença e a proximidade de Deus que vem em pessoa fazer connosco a caminhada da vida.

Entramos na recta final do Advento, do tudo ou nada!...
É sempre Deus quem decide manifestar-se e coloca-nos na condição de O conhecer e de O encontrar. É sempre Ele O mais interessado em estabelecer diálogo connosco, enquanto da nossa parte revelamos distracção ou incapacidade de reconhecer a Sua existência e os seus dons. Deus escolhe sempre o que parece ser insignificante aos olhos dos homens, mas é Ele quem projecta e propõe, dá o primeiro passo; cada chamamento traz consigo uma missão: Maria não é apenas uma criança mas uma mulher escolhida para ser, através do Filho de Deus, Mãe de toda a Humanidade. Ela será a nova Eva, aquela que, ao contrário da primeira, será obediente em tudo à vocação recebida. Deste modo, Maria encontra e deixa-se encontrar. O Anjo Gabriel é portador de uma Palavra que não é apenas discurso, mas é uma força que transforma o coração e imprime uma marca na sua existência; daí o significado do seu nome Força de Deus. Deus deseja a nossa participação no seu desígnio de salvação. Até que ponto me deixo interpelar por esta Força de Deus, que me chama e quer revelar uma missão.

Oração:
Quero alegrar-me em Ti, Senhor, como Maria.
Como Ela quero dizer a todos como Tu és grande.
Como a Tua bondade me enche de sentido e esperança.
Como a Tua presença na minha vida é mais intensa, mais verdadeira,
do que todas as más memórias que carrego.

Vem Senhor Jesus!

Vídeo - Maria e o Anjo



Continuação de bom Advento, esta semana, com José e  Maria Mãe de Jesus.

Abraço fraterno!
Arménio Rodrigues

domingo, novembro 24, 2013

Chamados a Ser e Viver... Com Deus!



Concluído o Ano da Fé, inicia-se, agora, um novo ano litúrgico, tendo como pórtico de entrada o Tempo de Advento. O nosso propósito para o novo Ano Pastoral é manter acesa a luz da fé; que ela não se apague, que esmoreçam o entusiasmo e a alegria da fé, que foram ativados e dinamizados, ao longo de um ano tão especial. Frente a esta tentação de “apagar a luz”, quando descer o pano, no encerramento do ano da fé, nós propomo-nos, pelo contrário, manter acesa a luz da fé, segundo o desafio do próprio Jesus. Este “manter” não é, de modo algum, um desafio de simples “conservação”, como quem guarda para si a fé, mas implica o esforço de alimentar a fé, na oração, na palavra e nos sacramentos, e de a transmitir e contagiar aos outros, pois uma fé que não se apega, também se apaga.
Como disse Bento XVI,  no Porto, “temos de vencer a tentação de nos limitarmos ao que ainda temos, ou julgamos ter, de nosso e seguro: seria morrer a prazo, enquanto presença de Igreja no mundo, que aliás só pode ser missionária.”
Num tempo, em que lá fora, se multiplicam outras luzes do natal, nós queremos manter acesa a luz da fé. Não nos contentamos “com pequenas luzes que iluminam por breves instantes, mas que são incapazes de desvendar a estrada. Por isso, somos chamados a Ser e Viver… com Deus… e assim acendemos a luz da fé. É uma luz tão poderosa, que não pode dimanar de nós mesmos; provém de uma fonte mais originária, provém, em última análise de Deus.

É este o grande desafio para o novo Ano Pastoral : Chamados a Ser e Viver... Com Deus!

domingo, novembro 10, 2013

Partir da Palavra


A Palavra de Deus é fonte de vida para os cristãos. Fonte límpida e perene de vida espiritual. Luz para o caminho. Força para a construção da própria identidade. Alimento para a oração. A Palavra de Deus não é uma simples expressão literária: é Deus que fala - já todos o sabemos. Deus diz-se a si mesmo através da Sua Palavra. Quando rezamos procuramos o diálogo com Deus que nos ama e que amamos. A oração é, deste modo, um jogo de "palavras que dizemos" com " a Palavra" (Verbo encarnado) que nos acolhe e ama. É por isso que a Palavra é ao mesmo tempo fonte e alimento  da nossa oração. Alfa e Omega. Principio e fim.

Rezar a partir da Palavra
Percorrendo as páginas da Bíblia, percebemos como "os amigos de Deus" ao longo dos tempos, rezavam ao Deus da própria vida. Encontramos as "fórmulas e as expressões" desse diálogo na fé de palavras intensas e surpreendentes. Sentimos a poesia e a força dos Salmos (Livro por excelência de oração) dos Cânticos, expressões de oração concreta. Dos encontros e desencontros. Das repetições e sequências.
No Novo Testamento aprendemos a forma como Jesus, retirando-se para um lugar discreto, o monte, o deserto, na noite ou em pleno dia, falava com o Pai, rezando. Recebemos o mandato de orar e orar incessantemente ao Deus Criador de todas as coisas com hinos de louvor e palavras de agradecimento. Fazemos da própria vida, evangelho quotidiano de existência, na oração do nosso viver. Como as primeiras comunidades que eram assíduas à oração e à fracção do pão. Transformamos o nosso existir a partir desta Palavra. E rezamos, como o Senhor nos ensinou, a partir da Palavra. Pedindo o Pão de cada dia e agradecendo o dom do Seu Amor por nós. Como? Fazendo da Palavra de Deus, "escola de oração". Começando como o jovem Samuel: «Falai, Senhor, que o vosso servo escuta» (1 Sam 6, 10).

Catequese e oração a partir da Palavra
A partir da Palavra, a vida cristã nasce e é alimentada, curada, fortalecida e comprometida na missão da Igreja no mundo. Uma catequese sem Palavra é como uma árvore sem a sua seiva.
Na catequese anunciamos a Palavra de Deus. A Palavra de Deus ilumina a própria vida, tornando-se experiência de encontro. E da Palavra de Deus, nesse encontro fazemos oração. Deus fala, nós respondemos. Rezar é escutar a Palavra de Deus, lê-la com um coração disponível e depois dirigir-se ao Senhor com as palavras e os sentimentos que Ele mesmo suscita no nosso coração. Com a Palavra, introduzimos os nossos catequizandos na dinâmica da oração, da partilha com Deus,  fazendo da  Palavra, vida. Colocando a Palavra nos eventos quotidianos. Fazendo da escuta da Palavra, oração. Esta é uma aprendizagem fundamental na catequese. Num tempo em que a vida corre demasiado veloz, cheia de mil coisas e preocupações, é fácil prescindimos da escuta da Palavra de Deus, que o mesmo é dizer, do tempo de oração. Para que isto possa acontecer e se torne uma experiência que toca a vida é necessário criar e cuidar um ambiente que favoreça o silêncio, e intimidade, a escuta...

Tua Palavra

terça-feira, outubro 15, 2013

Uma Espiritualidade Saudável




Uma espiritualidade saudável


A vida espiritual de um cristão adulto é o que permite uma vida com sentido, que lhe permite responder às questões fundamentais: quem sou?, de onde venho?, para onde vou?, para quê viver? A espiritualidade permite a cada ser humano ver para além de si mesmo, é a capacidade de transcendência, de ter esperança, de abertura ao futuro e consciência da própria finitude. As necessidades de ordem espiritual emergem da interioridade da pessoa, embora se articulem em cada contexto de acordo com a cultura e as tradições do lugar onde a pessoa se encontra. Num mundo plural, onde nada aparece como absoluto, o cristão deverá ser capaz de zelar pela sua saúde espiritual, para obter uma vida com qualidade. De seguida descrevo algumas características de uma espiritualidade saudável.
Diz-se que uma espiritualidade é mistagógica quando introduz ou inicia o individuo no mistério de Deus e no mistério da pessoa. Tem por objectivo as experiências da vida espiritual, dom incomparável de Deus. Toda a prática ascética tem como finalidade remover do caminho humano tudo aquilo que impede a comunhão e intimidade plena com Deus.
Por seu turno, uma espiritualidade moralizante vê como principal objectivo evitar as faltas e os pecados. Parte do ideal da perfeição moral e está em permanente perigo de criar escrúpulos de consciência. Um erro, muito comum, é equiparar fé e moral.

Libertadora e não asfixiante

Uma espiritualidade que queira ser seguimento de Jesus Cristo tem de tender necessariamente para a introdução de cada ser humano numa vivência de liberdade: a liberdade dos filhos de Deus.
A liberdade interior, que se consegue por uma ascese espiritual, é o único local onde se consegue o encontro profundo com Deus e a libertação dos factores exteriores condicionantes, nomeadamente as expectativas e exigências que são impostas.

Procura Deus e não os seus consolos

O cultivar a vida espiritual tem como objectivo ter experiências espirituais. Mas há o perigo de se ficar pelas vivências e sentimentos, que acabam por ser o mais importante, relegando a questão do sentido - e Deus - para um segundo lugar.
As experiências isoladas nada dizem da qualidade da vida espiritual. Esta demonstra-se no caminho do amor dado e recebido nas interligações fraternas e consequente compromisso, onde Deus está presente e se manifesta.

Global e não parcelar

Uma espiritualidade adulta contempla a totalidade da pessoa, todas as suas dimensões: entendimento e vontade, coração e sentimentos, espírito e corpo, consciente e inconsciente - tudo é abrangido pela vida espiritual.

Humilde e não orgulhosa

A humildade é um excelente critério para discernir se uma vida espiritual é ou não adulta, pois " a humildade nada mais é do que a caminhada para a verdade." (Santa Teresa de Jesus).

Vídeo: Lugar de Intimidade


Abraço fraterno!
Arménio Rodrigues

sábado, setembro 28, 2013

50 anos de paroquialidade do Monsenhor Celestino Ramos


Ser padre é ser pai e pastor. É ser alimento para os outros e instrumento fiel nas mãos de Deus. Ao longo dos últimos 50 anos, o Monsenhor Celestino Ramos tem sido para nós isto mesmo: pai e pastor. «Vinde comigo e farei de vós pescadores de homens» ( Mc 1, 17). Este é o apelo intemporal que o Senhor Jesus lança a todos e a cada um de nós. Foi este chamamento tão terno e pessoal que tocou, no mais íntimo de si, o nosso Sr. Abade. Cristo passou pela sua vida e transformou-a, frutificou-a, deu-lhe forma e força. Como outrora os apóstolos, também o Monsenhor Celestino deixou para trás as redes e a segurança da costa e fez-se ao largo, porque Deus assim lho pedia. No alto mar da vida, não faltaram os assombros mas sobejou a fé, a esperança e o amor, pois Jesus é Quem governa a barca. Hoje, as comunidades paroquiais de Santo Tirso e de S. Miguel do Couto dão graças ao Senhor pela vocação e pelo ministério sacerdotal do Padre Celestino, reconhecendo agradecidas o dom que ele fez de si mesmo. Com Maria, Mãe de Deus e nossa Mãe, louvamos o Pai por realizar maravilhas naqueles que O acolhem.





quinta-feira, setembro 12, 2013

Qual o teu sonho?


Qual o teu sonho?

Como catequista, como discípulo de Jesus, apaixonado por Ele,
como pessoa que se sente realizada a partilhar com outros as
razões da sua esperança e da sua alegria...
Qual é o teu sonho?
O que esperas deste ano?
O que desejas, com toda a força do teu coração, construir neste
ano pastoral que agora começa?
Não tenhas medo de sonhar alto.
Não disfarces de realismo as desilusões da vida.
Mesmo com as tuas limitações,
mesmo com aquelas crianças e pais tão problemáticos...
Recupera a ousadia de sonhar alto!!!
Quando estás à conversa com Jesus... ou quando, simplesmente,
estás com Ele...
Para onde aponta o Seu olhar?
Quando Ele olha para ti, que vê Ele? o que és e foste ou o que
Ele te chama a seres?
Quando Ele reúne a tua paróquia, já reparaste que Ele vos ama
com todos os pecados e que continua entusiasmado em vos
fazer crescer?
Aprende a olhar com Ele.
A sonhar com Ele.
E a construir com Ele.


Um bom ano de Catequese!

quarta-feira, maio 22, 2013

Bom Dia!



Quando te levantaste, pela manhã, Eu já tinha preparado o sol para aquecer o teu dia, e o alimento, para a tua nutrição.
Sim, Eu preparei tudo isso enquanto vigiava o teu sono, a tua família, a tua casa. Esperei pelo teu “BOM DIA!”, mas esqueceste-te!...
Bem… parecias ter tanta pressa! Eu perdoei!...
O sol apareceu, as flores deram o seu perfume; a brisa da manhã acompanhou-te e tu pensaste que fui Eu que preparei tudo para ti. Os teus familiares sorriam, os teus colegas cumprimentaram-te, trabalhaste, estudaste, viajaste, realizaste negócios, alcançaste vitórias, mas… não percebeste que Eu estava cooperando contigo e, mais teria feito, se Me tivesses pedido. Eu sei, corres tanto… Eu perdoei!...
Leste bastante, ouviste e viste muita coisa, mas não tiveste tempo de ler e ouvir a Minha Palavra. Quis falar contigo, mas não paraste para ouvir. Quis aconselhar-te, mas nem pensaste nessa possibilidade… Se Me ouvisses, tudo seria melhor na tua vida. Mais uma vez te esqueceste de Mim… Esqueceste-te que Eu desejo a tua participação no Meu Reino, com a tua vida, o teu tempo, os teus talentos!
Findou o teu dia! Voltaste para casa!
Mandei  a lua e as estrelas tornarem a noite mais bonita, para te lembrar o amor que tenho por ti!
Certamente, agora, vais-me dizer “Obrigado” e “Boa Noite”!
Psiu… estás a ouvir? Que pena… já adormeceste! Boa Noite! Dorme bem! Eu fico a velar por ti!
E quando, enfim, quiseres saber quem sou, pergunta ao riacho que murmura e ao pássaro que canta, à flor que desabrocha e à estrela que cintila, ao moço que espera e ao velho que recorda… Chamo-me Amor, o remédio para todos os males que te atormentam o espírito:


EU SOU JESUS!!!

quarta-feira, maio 08, 2013

Rezar com os cinco dedos da mão.



Rezar com os cinco dedos da mão.

1. O Polegar é o dedo que está mais próximo de ti. Então começa a orar por aqueles que lhe são mais próximos. Eles são os que mais facilmente lembrarás.. Orar pelos nossos entes queridos é "uma doce obrigação"!

2. O seguinte é o dedo indicador. Ora por aqueles que ensinam, instruem e curam.
Isso inclui mestres, professores, médicos e padres. Eles necessitam de apoio e de sabedoria para indicar a direção correta aos outros. Mantenha-os em suas orações sempre presentes.

3. O próximo dedo é o mais alto. Ele lembra-nos dos nossos líderes. Ora pelas pessoas que dirigem os destinos da nossa nação e orientam a opinião pública.
Elas precisam da orientação de Deus.

4. O quarto dedo é o nosso dedo anelar. Embora muitos fiquem surpreendidos, é o nosso dedo mais fraco. Ele deve lembrar-nos de rezar pelos fracos, com muitos problemas ou prostrados pela doença. Eles precisam da tua oração dia e noite. Nunca é demais orar por eles. Você também deve se lembrar de orar pelos casamentos.

5. E finalmente o nosso dedo mindinho, o dedo menor de todos, que é a forma como nos devemos nos ver diante de Deus e dos outros. Como a Bíblia diz que "os últimos serão os primeiros". O teu dedo mindinho deve lembrar-te de orares por ti. Quando estiveres em oração pelos outros quatro grupos, as tuas próprias necessidades estarão na perspectiva correta, e você poderá rezar melhor pelas tuas necessidades.

(Texto do Papa Francisco quando era Bispo na Argentina)

terça-feira, fevereiro 12, 2013

Quaresma: Renovação e limpeza



Se não estamos atentos, os mais belos e preciosos objetos podem estragar-se ou encher-se de pó. E o mesmo acontece com as pessoas, com os seus projetos, com as suas relações. E com a fé também. O sorriso, a confiança em Deus, o empenho pelo perdão, a oração, o serviço, podem estragar-se.
Então, o coração já não é capaz de amar, vemos os outros e a realidade de maneira distorcida, deixamos de lado a oração, encostamos o projeto de vida a um canto, cresce o egoísmo e o medo dos outros.
Para contrariar essa tendência a comunidade cristã celebra a Quaresma.
40 dias para nos renovarmos, para limpar o pó que se acumula. É um tempo para reencontrarmos a verdade do nosso batismo, a verdade de nós mesmos. É um tempo para renascer, para dar novo vigor aos nossos projetos. Para escutar Jesus Cristo e a Sua Palavra. Para receber os sinais do seu amor na Eucaristia e no sacramento do perdão. Para modificarmos as tradições que nos impedem a fidelidade criativa ao Evangelho. Para nos deixarmos  converter ao Deus centro do nosso existir. Sem cedermos à tentação, ao abandono, ao já gasto. Para vivermos numa óptica que exige ajustes constantes do ser ao Ser. Da vida à vida nova. Ao equilíbrio. À perseverança. À fé. Sem nos deixarmos tentar pela tentação de tentarmos a Deus. Jesus ensina-nos o como. Nós só temos que colocar o sentido e sermos coerentes com a resposta. No espírito da entrega, da renovação, da vida em Deus. Colocando o Senhor no centro.

Todos sabemos a importância que o deserto e o número “quarenta” têm no contexto do mundo de Israel. No deserto o povo foi também ele tentado ao abandono, a voltar atrás na sua opção fundamental de caminhar para o encontro com Deus. Quarenta anos de necessidades vencidas até chegar à terra da promessa. No mesmo deserto, durante quarenta dias, Jesus sofre a tentação. Para fazer ver o sentido da sua missão e a consciência da sua fidelidade ao mais importante. Um exemplo para nós.

Para isso existe a Quaresma: para que possamos olhar a vida e olhar-nos na nossa vida; para que saibamos prestar atenção aos caminhos onde Jesus triunfa e optar pelos projetos onde Cristo é vitória, para caminharmos os caminhos de Deus. Este é o tempo de apagarmos os ruídos que ensurdecem, para escutarmos a voz de Deus. Para nos deixarmos seduzir por Deus nos desertos do nosso ser e voltar às fontes originais da vida que significam fidelidade e entrega permanente. 

Este é o tempo de irmos para o deserto...

O deserto é o lugar da liberdade e da tentação. Da fidelidade a Deus e da dúvida. Do amor e dos egoísmos. Do caminho e da queda.
Jesus foi até lá para clarificar a sua identidade, para Se confrontar com os diferentes projetos de vida. E saiu de lá fortalecido. vencedor sobre todas as tentações fáceis que Lhe propunham ser menos. Quaresma é o tempo de ir para o deserto. Não vamos sozinhos. Lá está Jesus, do nosso lado. A fortalecer a nossa decisão. Por isso existe a Quaresma:
                
                    Que farás de novo na tua Quaresma de 2013?

Video - Quaresma 2013





SANTA QUARESMA!

terça-feira, fevereiro 05, 2013

Chamamento



Na história da Igreja mais recente conhecemos a vida e o chamamento de muitos cristãos e a sua missão e serviço na comunidade cristã. Como descobriram eles esse chamamento?
Quase sempre a partir de uma dupla experiência ou, talvez melhor, através de uma experiência com dois sentidos, com duas faces:- o encontro com Deus e o encontro com os mais pobres ou com as necessidades da Igreja e dos homens. São cristãos que não passaram ao lado das angústias e aflições dos outros, mas se tornaram "bons samaritanos", instrumentos e sinais do Amor e da misericórdia de Deus. Hoje, como no tempo de Moisés, Deus continua a escutar os gritos de aflição e sofrimento do Seu Povo, de todos os homens; continua a chamar os cristãos, pessoalmente ou através de grupos, associações, ordens religiosas; e continua a enviá-los. Poderia citar muitos testemunhos: S. Vicente de Paulo e os pobres do seu tempo; S João de Deus e os pobres e doentes; S. João Bosco e os jovens abandonados; Madre Teresa e os moribundos de Calcutá; missionários e missionárias com a sua ânsia e inquietude pelo anúncio da Boa Nova a tanta gente e tantos povos a quem ela ainda não chegou; cristãos das nossas paróquias face às necessidades urgentes e gritantes das pessoas, que levam ao empenhamento em gestos e acções de solidariedade, procurando melhores condições de vida para todos. E poderia continuar a evocar muitos outos testemunhos...

Mas... e nós, catequistas? Porque somos catequistas? Como fomos chamados para esta missão? Como nos sentimos interpelados?

Fomos nós que nos julgámos os melhores catequistas do mundo? Fomos nós que nos auto-propusemos? Foi por dinheiro, glória, honras ou prestigio? Certamente que não! Soubemos pelo nosso Pároco ou por outra pessoa da comunidade que faltavam pessoas para serem catequistas, que havia ainda crianças que não tinham quem lhes anunciasse a Palavra de Deus. Ou fomos chamados directamente pelo Pároco que veio ter connosco. Aí está: uma necessidade da comunidade que nos sensibiliza e inquieta, que nos "toca" e á qual não somos capazes de ficar indiferentes; por isso respondemos positivamente. Uma necessidade que cria, que gera a vocação e o CHAMAMENTO!

sexta-feira, janeiro 18, 2013

Para O Céu


Jesus tem sempre um imenso respeito e amor pelas pessoas. É um respeito divino pela pessoa inteira. E por todas as pessoas: ninguém fica de fora deste imenso respeito que Jesus mostra por nós. É admirável!
Mas também é admirável ver como Jesus não mostra nunca qualquer respeito humano. Por ninguém.
O respeito humano deforma a nossa personalidade. Afasta-nos da nossa verdade interior. Impede-nos de realizar a vontade de Deus. O respeito humano consiste em aceitar que a opinião dos outros, o que eles podem pensar de nós, deve guiar as nossas acções e os nossos desejos. Com receio das opiniões alheias esquecemos a verdade e a opinião de Deus. Respeito humano é obedecer à opinião da gente. É preocupar- se com as expectativas das pessoas deixando de lado o juízo e as expectativas de Deus.

Amar e socorrer os outros nas suas necessidades é uma coisa. Organizar a vida para obedecer às suas expectativas é fruto da mentira e do mal... Jesus ama-nos sempre. Com total respeito por quem somos e dando-nos sempre toda a liberdade. Mas Ele nunca fez um gesto, nunca disse uma palavra, para contentar as nossas expectativas. Jesus não tem qualquer desejo de agradar às expectativas humanas. Nem tem medo de desiludir seja quem for.

Jesus não pactua com o "politicamente correcto" do seu tempo. Não dá qualquer importância aos esquemas e expectativas das pessoas que encontra. Lendo o Evangelho nunca encontramos uma opinião ou um gesto em que Ele ceda aos seus valores para agradar aos esquemas humanos.
Quando lhe pediam a opinião sobre algum assunto, Jesus sempre respondia com a Bíblia, com a Luz da verdade. E nunca descafeinava a Palavra de Deus para agradar fosse a quem fosse.
Desde o seu nascimento nunca perdeu tempo a adaptar o seu estilo de relação com os outros quando isso implicava ceder aos seus princípios.

Jesus, Filho de Deus, nasceu pobre e frágil, contra tudo o que os nossos esquemas humanos podiam esperar. Desmontou, um passo após outro, todas as expectativas humanas de poder e de prestígio. Por mais que uma vez desiludiu as expectativas dos seus familiares. Escandalizou e desapontou os seus discípulos. Opôs-se constantemente aos dirigentes políticos e religiosos do povo. A sua morte na cruz foi uma profunda desilusão, um grande balde de água fria, para os discípulos. E a ressurreição não estava nos planos de ninguém. Jesus ama-nos como ninguém. Deseja ardentemente o nosso verdadeiro bem. Mas nunca está à procura de nos contentar. Quer apenas fazer a vontade do Pai. É realizando a vontade do Pai que Jesus realiza o nosso verdadeiro bem. Mesmo que isso vá contra as nossas expectativas. Jesus não está interessado nos nossos aplausos. nem em pactuar com os nossos preconceitos. Nem em seduzir-nos para que melhore a nossa opinião sobre Ele. Não perde tempo em agradar aos homens. Basta-Lhe agradar a Deus! Ao agradar a Deus, Seu Pai, Jesus sabe que está a realizar o verdadeiro bem para todos e cada um de nós.

A Ascensão de Jesus ao Céu coroa e ilumina de modo definitivo esta sua postura de extrema verdade e liberdade. Teria dado uma grande alegria aos seus discípulos ficando visivelmente na terra... naquele momento era esse o desejo mais forte dos discípulos. Mas, com Jesus, não há nada a fazer...
Entre os nossos desejos e os desejos do Pai, Ele não hesita. Jesus volta para o Pai e recebe d´Ele o poder e a autoridade sobre todas as coisas.
E a seguir lança-nos um vonvite. A partirmos. A levar o Evangelho a toda a terra, a toda a humanidade, a toda a criação. Ele prometeu que estará sempre connosco. Em cada dia, em cada minuto. Em cada perigo. Em cada alegria e dor. Até ao fim do mundo. Sempre presente. Nunca em função dos nossos esquemas... mas sempre PRESENTE. Felizmente.

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Vídeo: Soube Que Me Amavas


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Abraço fraterno!
Arménio Rodrigues

terça-feira, janeiro 01, 2013

Vamos fazer a paz


Vamos fazer a paz

 Por entre fogo, luz, cor, alegria, ruído, felicidade e esperança nascera um novo ano para a humanidade.
Era tempo de dar contas à vida e escolher os propósitos para o novo ciclo que se iniciava.
Bom Ano!... Muita saúde!... Sorte!... Paz!... - desejavam as pessoas umas às outras, naqueles primeiros dias frios e chuvosos do ano menino.
Em torno do presépio da escola, ainda armado, alguns alunos falavam do que os preocupava.
- Afinal, não foste só tu, Jesus, que passaste o Natal numa gruta! - dizia o Celso.
- Tantos meninos e meninas passaram-no ao relento, à fome, sem pai nem mãe e nem tiveram um presente para brincar! - lembrou a Ana Luísa, tendo ainda nos olhos as imagens tristes que a televisão apresentara naqueles dias.
- É pena que isto aconteça! - lamentou o José Miguel.
- Jesus nasceu para que houvesse Paz e...
- A guerra continua, Eduardo! - interromperam-no os colegas.
- E cada vez mais violenta, mais cruel! - reconheceu o João Vítor, condoído.
- Que podemos fazer para acabar com a guerra? - perguntou o Marcos André.
- Olha!... Não brigando no recreio! Não chamando nomes feios! Não mentindo! - aconselhou a Joana Lúcia.
- Ninguém tem toda a razão, nem ninguém é culpado de tudo! - disse o João Miguel.
- E gastam-se milhões em armamento, enquanto outros nossos irmãos morrem à fome! - interveio o Pedro.
- Bem! Tudo isso é muito triste e é verdade. Mas... prosseguiu a Marli, pensativa.
- Mas... não vamos ficar aqui a lamentar-nos, a dizermos palavras bonitas, mais nada? - perguntou o Marcelo.
- Não! - responderam os colegas em uníssono.
- Precisamos de agir! Temos de fazer alguma coisa. - alertou o Angel.
- Olhem esta gravura que encontrei num livro de estudo! - pediu o Marco José, mostrando-a.
- Que linda! Os meninos de todas as raças e cores, de mãos dadas como amigos, em torno do mundo, com a pomba da paz por cima - explicou a Joana Filipa.
- Será este o nosso cartaz para a paz, este ano e nos próximos! - afirmaram alguns alunos.
- Vamos fotocopiá-lo e colá-lo em toda a parte! - sugeriu a Marta Tatiana.
- Oferecê-lo aos amigos, aos familiares, aos vizinhos e meter debaixo das portas, naqueles lares onde reina a discórdia! - prosseguiu o Vítor Bruno.
- E abrir o nosso coração a todos! - acrescentou a Mariana.
- Vou mandá-lo para os meus primos na Venezuela! - prometeu a Ana Maria.
- Boa ideia!... Vamos fazer o mesmo - disseram a Márcia e o João, com parentes na Austrália e na África do Sul.
- E digam-lhes o que pensamos fazer, para lá também fazerem alguma coisa! - pediu o José Miguel.
- É preciso que Jesus reine nos nossos corações e a paz volte ao mundo! - decretou solenemente o João Miguel.
- Estou satisfeito com as vossas iniciativas pela paz - disse o professor, passando pelo corredor, onde a conversa corria animada. - Vejo que já não sois crianças e vos preocupais com o bem da humanidade.
- É para isso que aprendemos! - responderam a Tânia e a Carolina.
- Menino Jesus, ajuda-nos para sermos obreiros da paz! - implorou o Paulo, olhando para a figura risonha nas palhinhas da manjedoura.
- Ajuda-nos! - suplicaram, em coro, todos os alunos.
E desejosos de dar o seu contributo para a paz, os pequenos correram a realizar o seu propósito:
. Fotocopiar a gravura;
. Distribuí-la;
. Ser mais amigos uns dos outros.
Vamos, amigo!
Dá também a tua ajudinha para que haja paz no meio dos homens e todos se amem como irmãos.

BOM ANO e MUITA PAZ