Vamos fazer a paz
Era
tempo de dar contas à vida e escolher os propósitos para o novo ciclo que se
iniciava.
Bom
Ano!... Muita saúde!... Sorte!... Paz!... - desejavam as pessoas umas às
outras, naqueles primeiros dias frios e chuvosos do ano menino.
Em
torno do presépio da escola, ainda armado, alguns alunos falavam do que os
preocupava.
-
Afinal, não foste só tu, Jesus, que passaste o Natal numa gruta! - dizia o
Celso.
-
Tantos meninos e meninas passaram-no ao relento, à fome, sem pai nem mãe e nem
tiveram um presente para brincar! - lembrou a Ana Luísa, tendo ainda nos olhos
as imagens tristes que a televisão apresentara naqueles dias.
- É
pena que isto aconteça! - lamentou o José Miguel.
-
Jesus nasceu para que houvesse Paz e...
- A
guerra continua, Eduardo! - interromperam-no os colegas.
- E
cada vez mais violenta, mais cruel! - reconheceu o João Vítor, condoído.
-
Que podemos fazer para acabar com a guerra? - perguntou o Marcos André.
-
Olha!... Não brigando no recreio! Não chamando nomes feios! Não mentindo! -
aconselhou a Joana Lúcia.
-
Ninguém tem toda a razão, nem ninguém é culpado de tudo! - disse o João Miguel.
- E
gastam-se milhões em armamento, enquanto outros nossos irmãos morrem à fome! -
interveio o Pedro.
-
Bem! Tudo isso é muito triste e é verdade. Mas... prosseguiu a Marli,
pensativa.
-
Mas... não vamos ficar aqui a lamentar-nos, a dizermos palavras bonitas, mais
nada? - perguntou o Marcelo.
-
Não! - responderam os colegas em uníssono.
-
Precisamos de agir! Temos de fazer alguma coisa. - alertou o Angel.
-
Olhem esta gravura que encontrei num livro de estudo! - pediu o Marco José,
mostrando-a.
-
Que linda! Os meninos de todas as raças e cores, de mãos dadas como amigos, em
torno do mundo, com a pomba da paz por cima - explicou a Joana Filipa.
-
Será este o nosso cartaz para a paz, este ano e nos próximos! - afirmaram
alguns alunos.
-
Vamos fotocopiá-lo e colá-lo em toda a parte! - sugeriu a Marta Tatiana.
-
Oferecê-lo aos amigos, aos familiares, aos vizinhos e meter debaixo das portas,
naqueles lares onde reina a discórdia! - prosseguiu o Vítor Bruno.
- E
abrir o nosso coração a todos! - acrescentou a Mariana.
-
Vou mandá-lo para os meus primos na Venezuela! - prometeu a Ana Maria.
-
Boa ideia!... Vamos fazer o mesmo - disseram a Márcia e o João, com parentes na
Austrália e na África do Sul.
- E
digam-lhes o que pensamos fazer, para lá também fazerem alguma coisa! - pediu o
José Miguel.
- É
preciso que Jesus reine nos nossos corações e a paz volte ao mundo! - decretou
solenemente o João Miguel.
-
Estou satisfeito com as vossas iniciativas pela paz - disse o professor,
passando pelo corredor, onde a conversa corria animada. - Vejo que já não sois
crianças e vos preocupais com o bem da humanidade.
- É
para isso que aprendemos! - responderam a Tânia e a Carolina.
-
Menino Jesus, ajuda-nos para sermos obreiros da paz! - implorou o Paulo,
olhando para a figura risonha nas palhinhas da manjedoura.
-
Ajuda-nos! - suplicaram, em coro, todos os alunos.
E
desejosos de dar o seu contributo para a paz, os pequenos correram a realizar o
seu propósito:
.
Fotocopiar a gravura;
.
Distribuí-la;
.
Ser mais amigos uns dos outros.
Vamos,
amigo!
Dá
também a tua ajudinha para que haja paz no meio dos homens e todos se amem como
irmãos.
BOM ANO e MUITA PAZ
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