segunda-feira, fevereiro 23, 2009

Quaresma - Tempo Para Amar!


Quaresma
Tempo Para Amar!


Vídeo Quaresma - Tempo Para Amar -Pedidos do Vídeo Para: menorodrigues@gmail.com



Uma marcha de 40 anos
Através do deserto, na experiência do Êxodo e do sinai, Israel forjou-se como povo numa relação íntima de Aliança com o seu Deus. O deserto foi o caminho "obrigatório", que o povo de Deus teve de percorrer antes de entrar na terra prometida.
O caminho foi escolhodo por Deus, mesmo não sendo o mais curto, porque Deus queria ser o guia do seu povo (Ex 13, 21).
No deserto o povo adorou a Deus, recebeu a Lei e fez a Aliança que transformou os escravos fugidos no povo de Deus. Deus fez o povo no deserto para o levar à terra prometida. E o deserto tornou-se um autêntico itinerário pedagógico para o povo de Deus.
Deserto: caminho da escravidão à liberdade
Sair da escravidão (do egipto) é o inicio do caminho para a terra. O caminho-deserto passa pelo afastamento do bem-estar (pago com escravidão), e leva à realização das promessas feitas por Deus a Abraão (Gen 12, 1-9)
A experiência do deserto não é fácil. Ali não há caminhos já traçados. O deserto transforma-se num lugar de vida e de morte, num lugar de prova. A força do povo e a sua consistência radicam na fidelidade à Aliança que faz deles o povo de Deus.
Mas desde o inicio que os hebreus murmuram contra o Senhor: não há segurança, não há água, não há carne! (Ex 14, 1). Diante das dificuldades o povo suspira pelas cebolas do Egipto, sem pensar que isso era o regresso à escravatura.
O triunfo da misericórdia de Deus
Apesar das "murmurações" do povo e da completa escassez de recursos, a experiência do deserto proporcionou ao povo diversas ocasiões para sentir a misericórdia de Deus. É quanto nos demonstra o livro do Deuteronómio (1)
Deus é um educador. Através das provas do deserto, Israel aprendeu qual o comportamento que deveria assumir diante de Deus. No deserto, o povo aprendeu que toda a sua vida depende de Deus.
Os profetas e o deserto
Para os profetas, homens escolhidos por Deus para comunicar a Palavra ao povo, o deserto é um lugar privilegiado. O segundo Isaías - um profeta que acompanhara o povo de Judno exílio da Babilónia - anuncia poeticamente o seu regresso (que teria lugar no ano 538 ac), utilizando a metáfora do deserto que se transforma em jardim (Is 43, 18-21).
Para o profeta Isaías, o deserto representa o lugar da salvação e do perdão: "É assim que o vou seduzir: ao deserto o conduzirei, para lhe falar ao coração" (Os 2, 16)
A experiência de Jesus no deserto
Jesus, depois do baptismo, é levado ao deserto pelo Espírito. Retira-se quarenta dias para o deserto da Judeia, onde vence as tentações de Satanás (Lc 4, 1-13.
Tal como para Israel, também para Jesus, o deserto é o lugar da prova. A tentação é superada com a entraga de si mesmo a Deus e à sua palavra: "Nem só de pão vive o homem". ao senhor, teu Deus, adorarás e só a Ele prestarás culto" e "Não tentarás ao Senhor, teu Deus".
Na sua vida pública, Jesus utilizou o deserto como refúgio contra as multidões e com o lugar para a oração. (Lc 4, 42-44).
Jesus: Caminho, verdade e vida
Jesus é aquele que realiza na sua pessoa os dons maravilhosos de outrora. Ele é a água viva, o pão do céu, o caminho e o guia.
Ele é aquele em quem se realiza a intimidade com Deus, pela comunhão com a sua carne e o seu sangue.
Em certo sentido podemos afirmar que Jesus cristo é o nosso deserto; n´Ele superámos a prova, n´Ele temos a comunhão perfeita com Deus.
Para o cristão, a "espiritualidade do deserto" é, acima de tudo, ver Jesus Cristo como "Caminho, Verdade e Vida" (Jo 14, 6); ao encontrá-Lo, tornamo-nos "sal e luz) no meio dos desertos de hoje, o deserto da pobreza, o deserto da fome e da sede, o deserto do abandono, da solidão, do amor destruido... o deserto do esquecimento de Deus, do vazio das almas que já não têm consciência da dignidade e do rumo do homem.
Nesta Quaresma é importante identificar quais são os "desertos" mais presentes no quotidiano da nossa vida...
Boa Quaresma!

Arménio Rodrigues

menorodrigues@gmail.com



sexta-feira, janeiro 16, 2009

Chamamento


Chamamento

A liturgia do 2º Domingo do Tempo Comum propõe-nos uma reflexão sobre a disponibilidade para acolher os desafios de Deus e para seguir Jesus.
O chamamento é sempre uma iniciativa de Deus, o qual vem ao encontro do homem e chama-o pelo nome. Ao homem é pedido que se coloque numa atitude de total disponibilidade para escutar a voz e os desafios de Deus.
A história da vocação de André e do outro discípulo (despertos por João Baptista para a presença do Messias) mostra, ainda, a importância do papel dos irmãos da nossa comunidade na nossa própria descoberta de Jesus. A comunidade ajuda-nos a tomar consciência desse Jesus que passa e aponta-nos o caminho do seguimento. Os desafios de Deus ecoam, tantas vezes, na nossa vida através dos irmãos que nos rodeiam, das suas indicações, da partilha que eles fazem connosco e que dispõe o nosso coração para reconhecer Jesus e para O seguir. É na escuta dos nossos irmãos que encontramos, tantas vezes, as propostas que o próprio Deus nos apresenta.
O encontro com Jesus nunca é um caminho fechado, pessoal e sem consequências comunitárias… Mas é um caminho que tem de me levar ao encontro dos irmãos e que deve tornar-se, em qualquer tempo e em qualquer circunstância, anúncio e testemunho. Quem experimenta a vida e a liberdade que Cristo oferece, não pode calar essa descoberta; mas deve sentir a necessidade de a partilhar com os outros, a fim de que também eles possam encontrar o verdadeiro sentido para a sua existência. “Encontrámos o Messias” deve ser o anúncio jubiloso de quem fez uma verdadeira experiência de vida nova e verdadeira e anseia por levar os irmãos a uma descoberta semelhante.

João Baptista nunca procurou apontar os holofotes para a sua própria pessoa e criar um grupo de adeptos ou seguidores que satisfizessem a sua vaidade ou a sua ânsia de protagonismo… A sua preocupação foi apenas preparar o coração dos seus concidadãos para acolher Jesus. Depois, retirou-se discretamente para a sombra, deixando que os projectos de Deus seguissem o seu curso. Ele ensina-nos a nunca nos tornarmos protagonistas ou a atrair sobre nós as atenções; ele ensina-nos a sermos testemunhas de Jesus, não de nós próprios.
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Arménio Rodrigues

menorodrigues@gmail.com

sábado, janeiro 10, 2009

Baptismo do Senhor

No episódio do baptismo, Jesus aparece como o Filho amado, que o Pai enviou ao encontro dos homens para os libertar e para os inserir numa dinâmica de comunhão e de vida nova. Nessa cena revela-se, portanto, a preocupação de Deus e o imenso amor que Ele nos dedica... É bonita esta história de um Deus que envia o próprio Filho ao mundo, que pede a esse Filho que Se solidarize com as dores e limitações dos homens e que, através da acção do Filho, reconcilia os homens consigo e fá-los chegar à vida em plenitude. Aquilo que nos é pedido é que correspondamos ao amor do Pai, acolhendo a Sua oferta de salvação e seguindo Jesus no amor, na entrega, no dom da vida. Ora, no dia do nosso baptismo, comprometemo-nos com esse projecto... Temos, depois disso, renovado diariamente o nosso compromisso e percorrido, com coerência, esse caminho que Jesus veio propor-nos?


A celebração do baptismo do Senhor leva.nos até um Jesus que assume plenamente a sua condição de "Filho" e que se faz obediente ao Pai, cumprindo integralmente o projecto do Pai de dar vida ao homem. É esta mesma atitude de obediência radical, de entrega incondicional, de confiança absoluta que eu assumo na minha relação com Deus? O projecto de Deus é, para mim, mais importante de que os meus projectos pessoais ou do que os desafios que o mundo me faz?


Baptismo (vídeos com som)


Vídeo Com Som


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Arménio Rodrigues
menorodrigues@gmail.com