«Bem-aventurados
os mansos porque eles possuirão a terra»
Força, poder e violência são a grande trindade do
nosso século.
E Cristo atreve-se a chamar bem-aventurados
precisamente aos mansos?
Será esta bem-aventurança uma exaltação da debilidade,
da covardia, da falta de virilidade?
Os mansos são, simplesmente, os que participam da
“mansidão de Cristo” (2 Cor 10,1).
A mansidão, pois, mais que uma virtude, pode
definir-se como “ um complexo de virtudes, uma forma especial da humildade e da
caridade, que abrange a condescendência, a indulgência, a suavidade e a mesma
misericórdia”.
Cristo era suave, mas não só isso. Era também forte.
Quando alguém Lhe bate, não responde com outra bofetada, mas levanta a palavra
para protestar contra a pancada injusta.
Manso é aquele que mostra com suavidade a sua
fortaleza interior.
Aos mansos promete-se o mesmo que aos pobres: uns e
outros terão como herança construir uma humanidade nova e entrar na vida
eterna. Também se lhes dará “o resto por acréscimo”. Os mansos ir-se-ão impondo
com a doce força dos seus espíritos. Serão mais fortes e eficazes que os
violentos. Construirão, enquanto estes destroem. Mas esta sua vitória na terra
dos homens será só o anúncio da sua grande vitória na terra das almas.
Jesus é compreensivo e mostra-se paciente para com
todos. Tem em conta as capacidades de cada um e convida-o a avançar. Nunca
esmaga o outro, nunca o trata de nulidade, de incapaz ou de idiota. Para Jesus
felizes são os que não se irritam contra os outros; felizes são os que não
procuram vingar-se dos seus inimigos; felizes são os que não procuram dominar
os outros; felizes os que não julgam de maneira temerária, abusiva. Felizes são
ainda os que não se apegam às suas próprias ideias, mas procuram simplesmente a
verdade. Felizes são os que vêm em cada homem um irmão em Deus.
Senhor, tudo o que acabo de dizer não é fácil vivê-lo.
Só a tua graça me permitirá realizá-lo. Só o conseguirei vivendo em profunda
união de coração com Jesus, oferecendo-lhe o meu coração, a minha vida e
pedindo-lhe, muito humildemente, que venha estabelecer a Sua morada em mim a
fim de que seja Ele a viver em mim. Como diz S. Paulo é Deus que nos santifica
e nos permite viver do seu amor:
“Como eleitos de Deus, santos e amados, revesti-vos,
pois, de sentimentos de misericórdia, de bondade, de humildade, de mansidão, de
paciência, suportando-vos uns aos outros e perdoando-vos mutuamente, se alguém
tiver razão de queixa contra outro. Tal como o Senhor vos perdoou, fazei-o vós
também. E, acima de tudo isto, revesti-vos do amor, que é o laço da perfeição.”
(Col 3, 12-14)
Video - Bem Aventuranças
Nenhum comentário:
Postar um comentário